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Norte do Paraná
Postado dia 06/01/2015 às 05:55:08
Prefeito de São Jerônimo depõe e alega suspeição de vereadores

O tucano, que havia faltado à sessão de segunda-feira, quando foram ouvidas apenas duas testemunhas arroladas pela defesa em outro procedimento investigatório, utilizou boa parte do tempo, ontem, para disparar contra a maioria dos parlamentares. A CP tem como objeto a apuração de irregularidades nos contratos da prefeitura com o empresário Odirlei Nigra, dono de um supermercado e de um posto de combustíveis. Adir negou problemas nos pagamentos.
De acordo com Adir, a maioria dos vereadores estaria sob suspeição para investigá-lo, o que impediria a sequência dos trabalhos. O advogado de Adir, Mauricio Carneiro, afirmou que o relator, vereador Sidney Navarro (PT), "tem falado claramente sobre a cassação, inclusive tem uma vídeo em que ele concede entrevista dizendo que está tudo encaminhado para a cassação do Adir".
O advogado informou que vai à Justiça com mandado de segurança, contra a CP. "O relator afirmando que vai cassar antes do devido processo, gera nulidade", disse Carneiro. Durante a sessão na Câmara, a defesa questionou a suspeição dos vereadores para conduzirem a investigação, mas os parlamentares deliberaram pela improcedência do pedido e seguirão no procedimento.
Adir acusou, também, o presidente da Câmara, Alfredo Bernardo (PP). O pepista teria feito ligações telefônicas pedindo dinheiro à cúpula da prefeitura, com Adir no comando. "A única ligação que ele apresentou", disse Alfredo, "foi uma vez que eu liguei para ele cobrando o pagamento do pintor que fez o serviço na escola indígena, algo em torno de R$ 1 mil, que ele prometeu pagar do próprio bolso". Para o presidente da Casa, "o prefeito está tentando mudar o foco".
A reportagem não conseguiu falar com o vereador Sidney Navarro.
HISTÓRICO
Depois da operação Sucupira, quando foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mais de 50 mandados de busca e apreensão e de prisão em São Jerônimo e mais sete cidades, o MP denunciou 39 pessoas, entre vereadores, secretários municipais e familiares de Adir à Justiça por corrupção. O prefeito, pelo foro privilegiado, foi denunciado ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Mesmo afastado do cargo, o tucano segue recebendo o salário (R$ 10 mil).
Edson Ferreira, da Folha de Londrina