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Norte do Paraná
Postado dia 06/01/2015 às 05:55:08
Justiça suspende uma das CPs contra prefeito de São Jerônimo
A Justiça de São Jerônimo da Serra (Região Metropolitana de Londrina) suspendeu, liminarmente, uma das Comissões Processantes (CPs) instaurada na Câmara de Vereadores contra o prefeito afastado Adir dos Santos Leite (PSDB). A CP suspensa apura supostos contratos fraudulentos da prefeitura com o empresário Odirlei Nigra, dono de um supermercado e de um posto de combustíveis. A decisão, proferida pela juíza substituta da Vara da Fazenda Pública, Andrea de Oliveira Lima Zimath, atende pedido do prefeito, que alega cerceamento de defesa no procedimento investigatório.
Na sessão da CP no dia 2 de dezembro, Adir prestou depoimento pela primeira vez, mas das dez testemunhas arroladas por ele, apenas duas foram ouvidas. Entre os que não compareceram estão os deputados estaduais Tercilio Turini (PPS) e Evandro Junior (PSDB), que justificaram a ausência, e três prefeitos municipais, cujos nomes não foram revelados. Na ocasião, Turini disse à FOLHA que não mantém relacionamento político com Adir e que "talvez o meu nome tenha surgido por intermédio do vereador Isaque (Martins, PPS), mas eu não tenho conhecimento dos fatos investigados".
Para a juíza, "a comissão processante deveria ter diligenciado no sentido de providenciar a oitiva das testemunhas arroladas, inclusive mediante condução coercitiva através do Judiciário para aquelas que não compareceram sem justificativa". Ela determina também a suspensão do transcurso do prazo de 90 dias da CP "pelo período que durar a colheita da prova cerceada".
A assessoria jurídica da Câmara informou que ainda não havia sido notificada da suspensão.
Depois da operação Sucupira, em agosto, quando foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mais de 50 mandados de busca e apreensão e de prisão em São Jerônimo e mais sete cidades, 39 pessoas foram denunciadas à Justiça por corrupção, entre vereadores, secretários municipais e familiares de Adir. O prefeito, pelo foro privilegiado, foi denunciado ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Mesmo afastado do cargo, o tucano segue recebendo o salário (R$ 10 mil).
Na sessão da CP no dia 2 de dezembro, Adir prestou depoimento pela primeira vez, mas das dez testemunhas arroladas por ele, apenas duas foram ouvidas. Entre os que não compareceram estão os deputados estaduais Tercilio Turini (PPS) e Evandro Junior (PSDB), que justificaram a ausência, e três prefeitos municipais, cujos nomes não foram revelados. Na ocasião, Turini disse à FOLHA que não mantém relacionamento político com Adir e que "talvez o meu nome tenha surgido por intermédio do vereador Isaque (Martins, PPS), mas eu não tenho conhecimento dos fatos investigados".
Para a juíza, "a comissão processante deveria ter diligenciado no sentido de providenciar a oitiva das testemunhas arroladas, inclusive mediante condução coercitiva através do Judiciário para aquelas que não compareceram sem justificativa". Ela determina também a suspensão do transcurso do prazo de 90 dias da CP "pelo período que durar a colheita da prova cerceada".
A assessoria jurídica da Câmara informou que ainda não havia sido notificada da suspensão.
HISTÓRICO
Depois da operação Sucupira, em agosto, quando foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mais de 50 mandados de busca e apreensão e de prisão em São Jerônimo e mais sete cidades, 39 pessoas foram denunciadas à Justiça por corrupção, entre vereadores, secretários municipais e familiares de Adir. O prefeito, pelo foro privilegiado, foi denunciado ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Mesmo afastado do cargo, o tucano segue recebendo o salário (R$ 10 mil).
Edson Ferreira, da Folha de Londrina