Norte do Paraná

Postado dia 28/01/2015 às 20:16:55

Há 20 anos, prefeito de Tomazina perdeu 7 familiares em desabamento

Há 20 anos, num sábado por volta das dez horas, em Guaratuba (litoral paranaense), o Edifício Atlântico, que tinha rachaduras e necessitava de reparos, desabou.O prédio de seis andares e 16 apartamentos caiu e 29 pessoas morreram,entre as quais, os pais, dois irmãos,a avó materna, uma tia e um primo do atual prefeito de Tomazina, Guilherme Cury Saliba Costa. Na época, ele tinha apenas 15 anos. Na tarde desta quarta-feira, dia 28, ele concedeu entrevista ao npdiario e revelou que "hoje eu superei tudo, mas sempre vou  me lembrar de minha família e de toda aquela situação". O trabalho de resgate durou quatro dias e meio.
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Após o desabamento do prédio, ocorrido em 28 de janeiro de 1995, o laudo do Instituto de Criminalística do Paraná apontou erros na construção do imóvel, que havia sido concluído cerca de um ano antes da fatalidade.Na esfera criminal, os responsáveis pela obra foram processados por homicídio culposo, mas a ação movida pelo Ministério Público foi suspensa em 1996. Beneficiados pela condição de serem primários, os réus conseguiram um acordo e, dois anos depois, por terem cumprido as determinações da Justiça, houve a extinção da punição.
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O engenheiro civil Ney Torres teve cancelado o registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR) em março de 1998. Ele perdeu uma nora e dois netos na tragédia.
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Há duas décadas, o adolescente Guilherme ficou preso entre os destroços e ficou com a medula comprimida.Uma coluna de concreto desabou sobre seu corpo, porém, não deixou sequelas físicas.
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De acordo com o que detalhou, uma tia, Maria Marta, o criou,pois a mãe,Maria Antonieta Cury Saliba Costa, 39 anos, tinha tido as pernas amputadas e estava com "síndrome de angústia respiratória", uma espécie de pneumonia e morreu dias depois do desabamento.
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O genitor, Iwaldo Alves Costa, que tinha 48 anos, não pode cumprir o mandato de prefeito tomazinense. "Fiquei com uma espécie de dever de terminar o mandato do meu pai", diz hoje,com 35 anos, o chefe do executivo reeleito e ex-presidente da Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro). "Fico emocionado, mas Deus foi generoso conosco,nos consolou ao longo dos anos e a gente superou", garante.
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Nota da Redação: Na última foto, Guilherme está em pé com o pai passando a mão em sua cabeça; a mãe segura o irmão que morreria anos depois
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do NP Diário

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