De acordo com o presidente do Sindijus, José Roberto Pereira, os servidores não concordam, por exemplo, com a extinção do Fundo Previdenciário do Paraná Previdência e a transferência do saldo para o Fundo Financeiro. A fusão dos fundos faz parte das medidas que têm por objetivo resolver problemas financeiros da administração estadual. O conjunto de medidas ficou conhecido como “pacotaço”.
Os servidores também lutam, conforme o presidente, contra o pedido dos magistrados do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para receber auxílio-moradia retroativo em cinco anos.
Outra reinvindicação, segundo Pereira, é a isonomia salarial entre os servidores do primeiro e do segundo graus do Poder Judiciário. “Hoje, mesmo quando existe a mesma escolaridade e o mesmo tempo de função, existe diferença entre salários e vantagens. Quem trabalha na primeira instância sempre recebe menos do que quem está no Tribunal de Justiça”, afirma.
Hoje, há cerca de 7 mil servidores do Poder Judiciário no Paraná, sendo 3,6 mil deles sindicalizados. De acordo com o presidente, a paralisação desta terça-feira conta com a adesão de servidores de Foz do Iguaçu, Cascavel, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Guarapuava, Curitiba, Almirante Tamandaré, Colombo, Pato Branco, Francisco Beltrão, Palmas, entre outras cidades do estado. Pereira não soube informar quantos servidores, ao certo, aderiram à paralisação.
Apenas serviços de urgência
Durante toda a terça-feira, conforme o presidente, as portas dos fóruns permanecem abertas para não impedir o funcionamento de outros órgãos instalados nas dependências e para não atrapalhar o trabalho de magistrados e servidores que não aderiram ao protesto.
Aos servidores que aderiram à paralisação, a ordem é atender apenas feitos urgentes, como os que se referem aos presos. O atendimento ao público é apenas com o fim de informar cidadãos e advogados sobre as reivindicações da categoria.
O G1 tentou entrar em contato com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) para que a paralisação dos servidores do Poder Judiciário fosse comentada. Entretanto, até a publicação da reportagem, não obteve retorno.