Assaí

Postado dia 06/03/2015 às 15:27:43

O inglês de Maria Victória e de Assaí, e o alemão de Joinville

A jovem deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros (PP) é a principal defensora da implantação do ensino de inglês na rede pública de ensino. No começo de fevereiro de 2015, em seu primeiro pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, ela voltou a defender aquela proposta.

Ensino de inglês deve atingir também a rede municipal de ensino em Assaí, pelo menos conforme proposta ventilada nos últimos dias.

Daí surge uma ligeira preocupação: como fazer para que realmente a aprendizagem de uma língua estrangeira não soe tão distante da realidade, como acontece atualmente com o inglês na rede estadual?

Bem, nesse sentido, tem-se a velha premissa de que o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende.

Inicialmente o projeto piloto do município de Assaí utilizaria recursos pedagógicos, de forma lúdica, conforme a idade dos alunos, não necessitando que o professor seja bastante conhecedor e fluente no idioma do Tio Sam.

No entanto, para que o ensino de uma língua estrangeira possa interessar à comunidade, tal processo de ensino-aprendizagem deve manter certa correspondência com a realidade. É de se perguntar: por que se aprenderia isso? Para que serviria?

Uma maneira para atender àquela demanda seria a implantação, por exemplo, de programas de intercâmbio e de voluntariado capazes de atrair jovens de outros países, principalmente aqueles que têm o inglês como língua nativa. Dessa forma alunos das escolas públicas começariam a vivenciar e experimentar uma nova cultura.  

Para estudantes do Paraná e da cidade de Assaí, aprender um novo idioma deve então fazer sentido como para a população de Joinville, em Santa Catarina, que se depara com o alemão. Com o anúncio da instalação da BMW, em agosto de 2011, a cidade catarinense se comprometeu a criar escolas bilíngües, com todas as disciplinas ministradas em alemão. Restaurantes passaram a também oferecer o menu em alemão. Não se pode esquecer também que Joinville conta com 12 universidades e nove escolas técnicas. Por lá, 16% da população possui diploma superior.

Diante então do fomento da economia a partir da fabriação de peças e instalação de novas montadoras, como a BMW e a Sinotruk, a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) também elabora o estudo Rotas Estratégicas Setoriais 2022 – Indústrias Emergentes,  Trata-se do estabelecimento de 200 metas que envolvem a melhor formação dos trabalhadores, entre outros.

Nesse sentido, trazendo para a experiência do ensino de inglês na rede pública de ensino no Paraná, de que forma tal iniciativa impactaria e economia estadual? Qual o projeto estratégico nesse sentido?


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