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Política
Postado dia 15/10/2011
Partido Social Cristão reprova casamento gay em propaganda política
da Revista Lado A
Homem + Mulher + Amor = Família”, afirma o comercial do Partido Social Cristão (PSC), o PSC, exibido esta semana em horário nobre, o que causou desconforto em parte da comunidade gay que sentiu ali um pouco de homofobia.
Apesar de discreta, a afirmação do partido corresponde ao posicionamento de vários de seus representantes, muitos deles pastores de igrejas evangélicas.
Usando o símbolo do peixe, simbolizando Cristo, o partido quer colocar os ensinamentos bíblicos acima da Constituição Federal, ignorando a separação do Estado e da Igreja, o chamado Estado Laico.
No site do PSC, apesar do discurso de um partido que coloca o ser humano em primeiro lugar, em maio deste ano, depois da decisão do Supremo Tribunal Federal em reconhecer a legalidade das uniões do mesmo sexo, o partido emitiu nota “repudiando” a decisão da Corte Constitucional.
Diz a nota do PSC: “O Partido Social Cristão repudia a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equipara as relações estáveis de heterossexuais e de homossexuais. A Corte Suprema do País adotou uma posição contrária aos anseios da maioria esmagadora da população brasileira”.
Zequinha Marinho, do PSC do Pará, foi além: “Duas pessoas do mesmo sexo podem viver juntas o tempo que quiser, trabalhar e criar as mais diversas situações, mas nunca formarão uma família do ponto de vista da Constituição Brasileira, e também do ponto de vista da constituição divina, que é a Bíblia Sagrada.”
O partido defende em seu site a “Família Cristã”, que, segundo eles, baseados na Bíblia, não inclui casais do mesmo sexo. Com esse pensamento, eles apóiam a Marcha pela Família, que pede que a homofobia não se torne crime no país.
Quando a presidente Dilma anunciou a suspensão dos materiais didáticos para diminuir o preconceito nas escolas, o partido apoiou a decisão da presidenta e subjulgou o material – decisão, aliás, provocada após muitos dos políticos do PSC terem ataques e ameaçarem o governo.
Membros do partido afirmam que não são homofóbicos, mas que defendem o ponto de vista cristão.