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Postado dia 21/07/2015 às 15:56:54

Dois a cada dez brasileiros já pediram nome emprestado para fazer compras

ma prática comum, que surge na maior parte das vezes como um gesto de boa vontade, pode se tornar uma tremenda dor de cabeça para muita gente.

Uma coisa é você acordar um dia de bem com a vida, tomar um cafezinho com um parente ou amigo e dizer para ele: “Hoje é por minha conta, eu pago”. Outra coisa é você emprestar o seu nome para ele fazer uma compra parcelada no comércio. É como se você emprestasse o seu crachá para ele sair usando por aí. E é tão difícil dizer não para parente ou amigo, não é?

“Hoje eu reluto um pouquinho. É difícil”, conta um homem.

Dois em cada dez brasileiros já pediram o nome emprestado a alguém para fazer compras. A maioria para alguém da família mesmo. “A minha tia sempre pede o cartão da minha mãe para fazer compra”, conta uma jovem.

Lidiane de Fátima pediu para a mãe porque estava com o nome sujo, Adivinha por quê? "Sujou por causa de outra pessoa mesmo", conta ela.

Uma família só está unida porque as irmãs entraram num acordo. "Agora já limparam meu nome. Agora está tudo bem, mas eu não empresto meu nome para mais ninguém. Nome não se empresta", afirma Jaqueline Souza.

E o pedido da maioria não é para fazer compras muito caras não. É para comprar sapato novo, tênis ou então roupa. Mas o Sílvio é parente de um cara que pegou o nome dele, comprou um carro e passou a dívida para outro. "Esse segundo passou para um terceiro e o meu nome rodando nessa história", explica.

Tem gente que perde o nome limpo e a tranquilidade. "Diariamente, tem gente brava com a gente achando que não deve. E ele esquece que isso é um débito no nome dele, mas não foi ele que fez, e ele que vai ter que pagar", aponta o presidente do Sincomércio SJCampos, José Maria de Faria.

Tânia Rozzante está acostumada a dizer “sim”. Já emprestou o nome para amigo, parente. "Se caso a pessoa não puder pagar e eu tiver condições de arcar com a dívida, para o meu nome não sujar, eu vou ajudar, sim”, diz a microempreendedora.

Mas, se você está apertado e acha que a Tânia vai poder te ajudar, esquece. "Agora não, gente, pelo amor de Deus. Eu estou terminando minha construção, agora eu não tenho recurso nenhum", afirma.

do Jornal Nacional


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