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Postado dia 24/07/2015 às 16:11:44

Cidadãos ajudam a melhorar a cidade em que vivem com pequenas ações

Na maior cidade do país, São Paulo, algumas pessoas decidiram transformar uma rua, uma calçada, um pedaço do caminho num lugar mais agradável para todo mundo.

Tem poste torto, tem poste bem no meio do caminho, tem poste dando ervas para temperos e chás. Alecrim e hortelã? Manjericão na Avenida Paulista? “Achei excelente”, diz um senhor.

Mas estes postes especiais já têm donos, quer dizer, cuidadores. Dayana, Francisco e Nayara cuidam de 50 postes que costumam chamar de seus, mas eles compartilham com todos nós. O poste também oferece poemas. “’Palito de sorvete procura novo amor: que se derreta por ele...’. Que arretado!”, avalia um homem.

A ideia é que a pessoa leve uma poesia e deixe outra no lugar. “Não sou muito boa poeta, mas quem sabe, né?”, brinca uma mulher.

Escala Humana é o nome do grupo. Mesmo não sendo paulistanos, querem cuidar de São Paulo. “Hoje, é aqui que eu moro e acho que é importante cuidar. Acho que estou fazendo a minha parte”, conta a estudante Nayara Noronha. 

Outras duas arquitetas também fazem um trabalho miúdo numa cidade tão grande. O nome do grupo delas é Acupuntura Urbana. “A gente sempre vai aonde as pessoas já estão tomando conta do espaço público”, diz a arquiteta Andrea Sender.

Numa rua, há três anos os moradores pediam uma faixa de pedestre, sem resultado. Elas reuniram a população e fizeram a tão desejada faixa de pedestres por conta própria. “A CET veio, apagou a faixa que a gente fez e fez uma por cima. Então oficializou, né?”, conta a arquiteta Renata Strengerowski.

Cuidar da cidade onde a gente vive é tão necessário quanto cuidar da nossa casa. Carlos sabe muito bem a importância disso. Ele varre todos os dias não só a frente da casa dele, como também a frente da casa do vizinho, que mora em uma barraca há dois anos e deixa tudo organizado. Para dar uma aparência de lar para a casa dele, ele pendurou um quadro na parede, um relógio e, perto da árvore, está começando um pequeno jardim. “Como eu mantenho limpo, eu sinto que recebo muito respeito sobre a minha pessoa”, diz Carlos Barbosa, que está desempregado.

do Jornal Nacional


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