Comissão da Câmara pode cassar prefeito de Cornélio Procópio

do Blog do Montanha

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio (PR), que apura irregularidades administração do prefeito Fred Alves (PSC), sobre a compra “fraudulenta” de 50 (cinqüenta) caixas de isopor de 170 litros cada, já ouviu o depoimento de 16 pessoas entre funcionários, ex-assessores e empresários ficou chocada com a clareza dos detalhes e conteúdo apresentado pelos depoentes. A concordância e comprovação dos depoimentos apontam a prática de ilicitudes por parte do prefeito e sua equipe, levando à oficialização da denúncia, ao afastamento e futura cassação do chefe do Executivo Procopense. 

CORTINA DE FUMAÇA

A apuração tem prazo de três meses para ser concluída e não será prorrogada. A suspeita inicial, relatada por várias testemunhas dão conta que o Prefeito Fred, sua controladora, chefe de licitação e procurador jurídico, trabalharam juntos em uma cortina de fumaça no caso da compra das “50 caixas de isopor”.

Segundo testemunhas, a tal compra seria fraudulenta, servindo apenas para levantar valores para pagar “valores irregulares não licitados” junto à uma distribuidora da cidade. O próprio dono do estabelecimento teria deposto e entregue o esquema que pediu 3 (três) orçamentos para validar o ato pedido pela administração para forjar a licitação das CAIXAS. Ainda segundo os depoentes, a prática era comum e sempre com a anuência e conhecimento do prefeito.

CASSAÇÃO DO PREFEITO EM 30 DIAS

A Câmara ainda deve realizar mais oitivas, mas tudo leva crer que já se decidiu em pedir o afastamento imediato do prefeito. “Em 30 dias com certeza nós teremos a definição do que vai acontecer. Não vamos prorrogar, já temos uma indicação do parecer, mas ainda não vou entrar em detalhes, mas a riqueza de detalhes de diferentes pessoas ouvidas, são suficientes para além do afastamento, promover a Cassação do prefeito”, disse um dos vereador.  

DEZENAS AFIRMAM ILICITUDES

Os denunciantes ainda foram além, fazendo citação de vários outros casos e mecanismos de corrupção, esquemas e mau uso do dinheiro público. Foram várias citações de esquemas de coleta de propina por parte de assessores junto à fornecedores, superfaturamento de obras com pinturas e reformas entre tantos outros “delatos paralelos” que foram gravados a pedido do Ministério Público. Estes “delatos paralelos” são tão numerosos e contundentes que deixam o caso principal das CAIXAS DE ISOPOR como simples travessuras de crianças. Segundo os membros da CEI composta pelos vereadores Rodrigo Marconsin, Bruno Magalhães e Luiz Carlos Amâncio, estas novas denúncias merecem atenção, mas que a comissão apresentará seu relatório em cima dos fatos envolvendo a questão das “caixas”, sendo que o “conteúdo a mais” registrado não será descartado e poderá fazer parte de outras COMISSÕES DE INQUÉRITO.

PALAVRAS SEM EFEITO DO PREFEITO

O Prefeito Frederico, recentemente na imprensa declarou e fez uma promessa sobre seu caráter que se a CEI fosse montada, ele mesmo se afastaria, o que faltou a parte, até o presente momento esta é mais uma promessa não cumprida pelo prefeito, invertendo agora os valores. O Executivo considera a CEI "um fato requentado e exclusivamente de cunho político, e prometeu desqualificar os edis procopenses promovendo o povo a seu favor e que tampará a boca de todo mundo ao ser reeleito com mais de 20 mil votos.  

Alucinação e soberba à parte, a verdade é que a crise que já era financeira e administrativa, agora se consolida como política e institucional e poderá ser manchete nacional enquanto também histórica, levando a primeira cassação de um prefeito de Cornélio Procópio. 

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