Norte do Paraná

Postado dia 11/02/2016 às 22:57:36

Polo moveleiro de Arapongas é o novo alvo da Operação Publicano

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com uma nova ação civil pública relativa à Operação Publicano , que investiga a corrupção na Receita Estadual. Desta vez, o alvo são as fábricas de móveis de Arapongas.

Segundo a denúncia, apresentada no início deste ano, empresários do setor moveleiro pagaram mais de R$ 230 mil de propina para os auditores da Receita Estadual em Londrina. Em troca, permitiam a sonegação de impostos.

A Promotoria denunciou 24 pessoas, sendo 13 auditores fiscais da Receita Estadual, quatro empresários, quatro empresas e três contadores. O MP pediu a devolução do dinheiro gasto com a propina e a indisponibilidade de bens de 17 acusados em valores, que variam entre R$ 4,4 milhões e R$ 4,7 milhões, por danos à sociedade. É uma forma de garantir recursos, caso sejam condenados ao fim do processo.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com uma nova ação civil pública relativa à Operação Publicano , que investiga a corrupção na Receita Estadual. Desta vez, o alvo são as fábricas de móveis de Arapongas.

Segundo a denúncia, apresentada no início deste ano, empresários do setor moveleiro pagaram mais de R$ 230 mil de propina para os auditores da Receita Estadual em Londrina. Em troca, permitiam a sonegação de impostos.

A Promotoria denunciou 24 pessoas, sendo 13 auditores fiscais da Receita Estadual, quatro empresários, quatro empresas e três contadores. O MP pediu a devolução do dinheiro gasto com a propina e a indisponibilidade de bens de 17 acusados em valores, que variam entre R$ 4,4 milhões e R$ 4,7 milhões, por danos à sociedade. É uma forma de garantir recursos, caso sejam condenados ao fim do processo.

Esquema

Entre os denunciados está o auditor Márcio de Albuquerque Lima, que ocupava o cargo de inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual. De acordo com o MP, Lima era quem coordenava o esquema na região de Londrina. “[A organização criminosa] tinha o objetivo comum de obter, direta ou indiretamente, vantagem patrimonial por meio de acordos de corrupção com grandes empresários sujeitos à fiscalização tributária”, informou a Promotoria.

Embora não tenha sido um dos 24 denunciados nesta nova ação, Luiz Abi Antoun, parente distante do governador Beto Richa (PSDB), é apontado como líder político do esquema. “Luiz Abi Antoun não apenas blindava politicamente o grupamento criminoso, permitindo seu funcionamento ininterrupto nos últimos cinco anos, exercendo ascendência sobre a própria organização, de modo que se comunicava apenas com os membros do alto escalão da Receita Estadual que integravam a organização e apenas a eles repassava ordens”, informou a Promotoria.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Márcio de Lima. No entanto, o advogado Douglas Maranhão disse que não poderia se manifestar sobre a denúncia porque ainda não teve acesso aos termos da ação. Já os advogados de Luiz Abi Antoun não foram localizados para comentar o caso.

Início dos depoimentos

Na tarde da próxima segunda-feira (15), a Justiça começa a ouvir os depoimentos referentes à primeira fase da Operação Publicano. No total, 73 pessoas foram denunciadas por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, a maioria, auditores fiscais da Receita Estadual. Os trabalhos devem se estender por um mês. Também serão ouvidas 230 testemunhas indicadas pela defesa e acusação.

da Gazeta do Povo


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