Norte do Paraná

Postado dia 29/04/2016 às 09:52:45

Servidor público acusa prefeito de perseguição política em Jataizinho

“Primeiro fui chantageado e agora sofro perseguições”. Começa assim o texto que o servidor público Emerson Anacleto dos Santos publicou na noite de ontem em seu perfil na rede social facebook.

Segundo o texto, são mais de três anos prestados na função de motorista na Secretaria Municipal de Educação “sempre exercendo minha função com respeito, compromisso e amor pela função”.

Além do trabalho desenvolvido na prefeitura, Emerson há quatro anos, também se dispõe a trabalhar com jovens a pratica do esporte, inclusive realizando competições anualmente, reunindo centenas de jovens em situação de risco na cidade. A competição é denominada “Amigos do Emerson”.

Os jogos sempre eram realizados no Ginásio de Esportes Municipal, o que não deve ocorrer mais.

Acontece que o funcionário foi chamado para uma conversa com o prefeito, Elio Batista. Ele relata que “sempre tive muito respeito (com o prefeito), como deve ser. Passou a me dizer coisas estranhas, como por exemplo, que iria cortar dias em que praticávamos esporte no ginásio e inclusive realizar mudança na minha vida funcional, me tirando do departamento de Educação e etc...”.

O servidor alega que tentou questionar as determinações do prefeito, porém o que ouviu soou como perseguição política. “Em um primeiro momento resolvi questiona-lo sobre o porquê da atitude e para meu espanto o mesmo passou a me relatar que tudo aconteceria comigo pelo fato de eu estar filiado em um partido político que não pertence ao grupo dele (prefeito)”.

O servidor diz mais. Diz que chegou a questionar o direito de ir e vir do cidadão e também o direito de escolha, mas não foi ouvido. “Mesmo assim ele continuou a sessão de chantagens, dizendo que eu perderia parte do meu salário, e que até minha entrada no Ginásio de Esportes seria proibida. O prefeito tirou ali o meu direito de ir e vir”.

Emerson afirma no texto que no dia seguinte, as promessas do prefeito começaram e ser cumpridas. Segundo ele os horários para treinos com os jovens foram reduzidos a quase nada. Deixou de prestar serviços para a secretaria de Educação e foi para a Limpeza Pública, dirigir o caminhão coletor de lixo.

“Não reclamo aqui de estar no caminhão de lixo, até porque todo trabalho é digno. Imaginei ter acabado (as perseguições), mas a coisa ficou ainda pior. Na troca de função tive meu salário reduzido e não recebi o adicional por insalubridade”.

O servidor cita em outro trecho que foi conversar com o prefeito em seu gabinete, após saber que foi ordem dele (Elio Duque) não pagar os benefícios. “Encontrei o prefeito muito nervoso, bravo, que inclusive me recepcionou com palavrões que meu vocabulário e educação não me permitem dizer aqui. Eu o questionei sobre o não pagamento do meu salário corretamente, ele muito nervoso”.

No final do texto, Emerson Anacleto pede “orem por mim e não se esqueçam, orem por ele (prefeito) também e para finalizar, fui informado hoje que novamente serei trocado de local de trabalho. Até quando?

por Cleber Pontes, do TBNews.com.br


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