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Postado dia 11/11/2016 às 07:28:08

Com obras paradas por protesto, empresa dispensa 749 trabalhadores

O grupo é formado principalmente por pequenos agricultores. Eles reclamam das indenizações oferecidas pela empresa. A Justiça concedeu uma ordem de reintegração de posse no dia 26 de outubro, mas os moradores resistem e não querem deixar o local.

 

Soldados da Polícia Militar de vários locais do Paraná foram deslocados até a região para cumprir a decisão judicial. Eles têm negociado com os manifestantes, para que a saída deles seja pacífica. Durante todo o dia, carros fazem rondas na área do protesto, para evitar confusões.

Os agricultores dizem que só deixam o local se a empresa responsável pela obra marcar uma reunião e retomar as negociações. "Uma pauta que os ativistas têm é [a das] áreas de reassentamento, uma melhoria nos valores dessas propriedades", diz o agricultor Claudemir Dallago. Eles também reclamam da última proposta da empresa, que retira muitos arrendatários do direito à indenização.

Outro ponto questionado por eles é sobre o reassentamento coletivo, ou seja, moradores que vivem próximos atualmente gostariam de continuar sendo vizinhos nas novas casas. O agricultor João Pereira dos Santos, por exemplo, diz que mora há 50 anos no mesmo local e que não quer ficar longe das pessoas que conhece. "É um lugar que é difícil sair daqui. O povo é gente boa", diz.

A construção teve início em julho de 2013, e a área da hidrelétrica envolverá diretamente os municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Planalto e Nova Prata do Iguaçu. Vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu, Baixo Iguaçu será a sexta usina no leito do Rio Iguaçu, o principal do estado, e terá capacidade instalada de 350 megawatts (MW), suficiente para atender a demanda de um milhão de usuários. A previsão é que as operações sejam iniciadas até o fim de 2018.

do G1


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