Norte do Paraná

Postado dia 21/12/2016 às 19:01:32

Corregedoria de Londrina investiga suposto desvio de R$ 600 mil

A Corregedoria do município de Londrina, no norte do Paraná, abriu um procedimento administrativo contra um servidor suspeito de desviar R$ 600 mil da Administração de Cemitérios e Serviços Funerários da cidade, a Acesf.

 

O desvio foi descoberto durante uma auditoria nas contas de 2015 da autarquia. O suspeito, Paulo César dos Santos, trabalhava na diretoria financeira e era responsável pela cobrança dos serviços prestados para empresas, como assistência funeral, por exemplo.

De acordo com o corregedor-geral do município Alexandre Trannin, o funcionário recebia os valores referentes a taxas, serviços funerários e materiais, contratados por pessoas jurídicas. “Esses valores não eram repassados para o caixa da autarquia, da Acesf”, afirmou.

A pedido da corregedoria, o funcionário foi afastado do cargo e voltou à função original, na Secretaria da Fazenda do município. Atualmente, ele está em licença médica.

A RPC entrou em contato com Paulo César dos Santos por telefone. O servidor negou qualquer envolvimento com o desvio, confirmou que está afastado por licença médica e disse que ainda não recebeu nenhuma notificação sobre o afastamento dele do cargo na Acesf.

A Acesf reconhece que o desvio só foi possível porque os pagamentos eram feitos em dinheiro, no caixa, sem nenhum controle. A direção diz que corrigiu essa fragilidade.

Segundo o diretor financeiro Felipe Palmieri, depois das irregularidades, o controle passou a ser maior, com uma pessoa específica para auditar contratos e recebimentos dia a dia. “A chance de falha diminuiu imensamente”, diz Palmieri.

Dentro do procedimento administrativo que investiga o suposto desvio de dinheiro público, o servidor será ouvido, poderá reunir provas, testemunhas, e apresentar sua defesa. Após análise, a corregedoria toma uma decisão. O resultado pode sair em seis meses.

“As punições podem chegar desde uma suspensão grave até uma demissão”, informou o corregedor-geral.

Não é a primeira vez que o servidor se envolve em uma polêmica na Acesf. Ele já tinha sido suspenso por usar carro oficial em passeio, sem autorização das chefias. Uma outra funcionária da autarquia chegou a ser demitida por desviar R$ 37 mil em taxas de serviços funerários.

Só neste ano, a corregedoria do município abriu 43 processos administrativos e 48 sindicâncias. Quatro servidores já perderam os empregos.

 

do G1


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