Norte do Paraná

Postado dia 16/02/2017 às 00:45:39

Santo Antônio da Platina apresenta alto índice de sífilis

Um exame gratuito que demora alguns segundos para ser feito, com a retirada de uma gotícula de sangue, e cerca de 20 minutos de espera para o resultado, pode salvar vidas.A coordenadora técnica da UBS(Unidade Básica de Saúde)da Vila Ribeiro, Beatriz Nogueira Rosa,e sua colega enfermeira em Santo Antônio da Platina, Lívia Carvalho(fotos) manifestam preocupação com a alta incidência de contaminação de sífilis, doença transmitida por relações sexuais, com média de sete a oito casos por mês no município.

Para cada infectado,a média de outros contaminados chega a dez, o que evidencia a gravidade da situação.

Na unidade de saúde são atendidas 18.300 pessoas das seguintes localidades,além da Vila Ribeiro: Aparecidinho I, II e III, Álvaro de Abreu,Dr. Jamidas, Porto Seguro, Vista Alegre, Jardim São Pedro,Junior Afonso,São João,Alceu Garbelini e Santo Ângelo.

As duas profissionais advertem sobre o perigo e fazem um apelo para que todos façam o exame de graça,”esses índices são vergonhosos, temos que reduzir através da prevenção”, diz Beatriz, ao indicar uso de preservativos.

Neste mês de fevereiro, a secretaria lançou a campanha #partiuteste justamente para incentivar a necessidade.

Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum.É um mal silencioso e requer cuidados e que é adquirida após manter relações sexuais desprotegidas com alguém que esteja doente.

Após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente.A infecção pode ser por sexo vaginal, anal e oral.

Não há números exatos de contaminados e outra constatação que assusta as duas enfermeiras é que cerca de 60% das grávidas são menores de idade, e algumas em segunda gestação.

Só é contagiosa nos estágios primário e secundário e, às vezes, durante o início do período latente. Raramente, a doença pode ser transmitida pelo beijo, mas também pode ser congênita, sendo passada de mãe para filho durante a gravidez ou parto.

Uma vez curada, a sífilis não pode reaparecer – a não ser que a pessoa seja reinfectada por alguém que esteja contaminado.

Esses índices elevados são vergonhosos, temos que reduzir através da prevenção”

A sífilis,conhecida também como cancro duro, desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.

A sífilis primária é o primeiro estágio. Cerca de duas a três semanas após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.

A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo. Além desses sintomas, a sífilis secundária pode se manifestar por uma vermelhidão na pele (exantema), pela presenças de íngua (gânglios) nas axilas, na região inguinal, entre outras e pelo aumento do fígado e do baço.

Sífilis latente- Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.

A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.

 do NP Diário


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