Norte do Paraná

Postado dia 28/03/2017 às 15:36:38

Operação Carne Fraca prejudica negócios de empresa de Joaquim Távora

A empresa Frangos Pioneiro, de Joaquim Távora, teve problemas depois da Operação Carne Fraca.O diretor comercial, Fábio César Velani Thibes, afirmou não ter passado por uma crise semelhante, mas “já passamos por situações envolvendo disseminações virais como a gripe do frango, por exemplo, que também causou um abalo na economia, mas foi superado. As empresas tendem a se preparar para esses tipos de situações, mas é sempre alarmante quando o produto para por algum motivo”, declarou.

Atualmente a empresa exporta 1,5 mil toneladas de aves e derivados por mês, volume que foi paralisado desde a divulgação da operação, isso porque a maioria do mercado internacional que comprava carnes do Brasil se fechou totalmente para qualquer produto de origem animal, afetando inclusive, empresas idôneas e não citadas na operação.

“Nossos consumidores sabem da procedência dos nossos produtos, mas temos tomado medidas para enaltecer a conduta da empresa que sempre primou pelo controle de qualidade e respeito ao cliente”, ressaltou Thibes.

O diretor comercial relatou que os containers que já haviam sido expedidos para Hong Kong e países do Oriente Médio estão em navios parados em alto mar porque os países bloquearam a chegada de todos os produtos brasileiros. “Nosso maior problema é com a logística, porque além de tudo isso gerar um custo, se esses containers ficam ocupados, os produtos aqui tem que ficar em câmara fria que em algum momento também ficarão sobrecarregadas, o que pode acarretar em suspensão dos abates”, pontuou.

Nossos consumidores sabem da procedência dos nossos produtos, mas temos tomado medidas para enaltecer a conduta da empresa que sempre primou pelo controle de qualidade e respeito ao cliente”

Diferente da criação de bovinos e suínos, os frangos tem comercialização de peças inteiras, o que determinou um padrão a ser atingido para o abate. Essa determinação de tamanho impede que os frangos possam continuar nas granjas, o que gera uma quebra de ciclo.

Por enquanto, Hong Kong que detém 11,2 % da produção brasileira, mantém a decisão de não receber nenhum produto brasileiro, enquanto no Oriente Médio, países como Israel e Arábia Saudita que compram 9,4 % das carnes brasileiras requisitaram informações mais específicas sobre os produtos e pediram mais amostras.

Apesar da suspensão nas exportações, a Frangos Pioneiro não teve grandes impactosfinanceiros, pois o mercado local, apesar de ter oscilações, está dentro da normalidade. “Esperamos que tudo se normalize em breve”,previu Thibes.

A empresa Frigorífico Raja, abatedora de suínos , também de Joaquim Távora, foi contatada pela reportagem, contudo não houve retorno das ligações.

(do NP Diário, com texto de Vanessa Lopes.


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