Política

Postado dia 03/05/2017 às 00:25:14

Delegado Rubens Recalcatti assume vaga na Assembleia Legislativa

O delegado da Polícia Civil Rubens Recalcatti, acusado de assassinato de um suspeito de homicídio, assumiu nesta terça-feira (2) uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Recalcatti ocupa a vaga deixada por Chico Brasileiro (PSD), que foi eleito prefeito de Foz do Iguaçu, no oeste do estado, nas eleições suplementares de 2 de abril.

Questionado pela imprensa sobre ser réu em processo que apura a morte de um suspeito, o deputado negou a condição. Disse que foi indiciado e que é pesado chamá-lo de réu. Contudo, a denúncia contra ele foi aceita pela Justiça em fevereiro de 2016. “Eu não sou bandido, eu não devo nada, não me preocupo com nada, não”.

Ao discursar, Recalcatti relembrou fatos da vida profissional e se emocionou ao falar da família. Prometeu se empenhar na condição de deputado estadual e disse que almeja responder à altura da demanda que lhe será apresentada. “Meu empenho será integral e exaustivo (...) Construir um Paraná com mais justiça, segurança, confiança e melhor para todos nós”.

Recalcatti disse que vai levantar a bandeira da segurança pública no legislativo estadual. “A expectativa é muito grande. Minha bandeira, sem sombra de dúvidas, principalmente, é a segurança pública, principalmente, o resgate da valorização dos policiais. Respeito aos policiais, resgate das instituições, resgate das estruturas materiais as instituições, principalmente, a Polícia Civil bastante combalida. Buscar fazer com que o governo participe mais ativamente na contratação de novos profissionais na área da segurança”.

Recalcatti atuou, durante boa parte da carreira, como delegado da extinta Delegacia de Homicídios de Curitiba. Atualmente, ele trabalha no Departamento de Infraestrutura da Polícia Civil. Ele se licencia da função para atuar como deputado.

Agora, como deputado estadual, o delegado passa a contar com a chamada prerrogativa de foro, conhecida popularmente como foro privilegiado. Com isso, o processo a que responde por homicídio passará a ser julgado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

 

O advogado do Recalcatti diz que vai comprovar a inocência do cliente. 

A acusação 

Recalcatti é um dos nove acusados pela morte de Ricardo Geffer, ocorrida em abril de 2015. De acordo com a denúncia, ele foi morto após ser preso pela equipe de Recalcatti, em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

Geffer era suspeito de ter participado da morte do ex-prefeito de Rio Branco do Sul, João Dirceu Nazzari, conhecido como João da Brascal. O político era casado com uma prima do delegado.

Recalcatti chegou a ser preso temporariamente, quando as investigações estavam em curso. Ele deixou a cadeia após conseguir habeas corpus.

do G1


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