Desqualificador
“Jamais espere elogios, e sim comparações e descaso”, diz Tânia Zambon, master coach e especialista em marketing empresarial, do Rio de Janeiro (RJ). O comportamento desqualificador menospreza todas as suas ações -- nos relacionamentos com os outros ou nas atividades do trabalho. “Pessoas assim se aproximam com o intuito de saber seus pontos frágeis para, então, derrubar sua autoestima e se sobrepor a você”, alerta Deborah Toschi, sócia-diretora da Capio Desenvolvimento Humano, de São Paulo (SP). Para evitar problemas, seja mais reservado sobre sua vida pessoal e suas fragilidades emocionais. Busque também a opinião de colegas confiáveis para confrontar comentários pejorativos ou ironias.
Carreirista
A diferença entre o comportamento ambicioso e o carreirista é a índole: o objetivo é melhorar de posição, mas, no segundo caso, faz-se de tudo para chegar lá, até mesmo passar por cima dos outros. Com essa postura, o "escadinha" não se sustenta pelos próprios feitos e por isso sempre busca ter pessoas competentes em seu radar para "unir" forças em projetos nos quais acredita que terá visibilidade e destaque. Ponto fraco: por acreditar que o status é mais importante do que a qualidade, pessoas com esse comportamento são ofuscadas quando alguém mostra bons resultados. Para lidar bem, questione e dê atividades para que todos produzam, e deixe claro sempre para todos a responsabilidade de cada um.
Sofredor
Pessoas com essa postura adoram se fazer de vítima e preferem delegar seus insucessos e erros nas situações no colega de trabalho, na empresa e no chefe. "É comum agir da mesma forma em outras áreas de sua vida”, explica a psicóloga organizacional Wiwi Parra, de São Paulo (SP). Para lidar com o perfil de sofredor, não caia em lamúrias e tente conscientizar o colega da importância de assumir responsabilidades para crescer na carreira e na vida. Delegue tarefas ou ordens na frente de outras pessoas ou por e-mail, para evitar mal-entendidos.
Manipulador
Esse comportamento é demonstrado com egoísmo e interesse -- a pessoa age pelas costas, na surdina. “São usadas diferentes formas para convencer o outro a fazer o que se deseja, adulando, fazendo falsas promessas ou usando o medo e a culpa para fragilizá-lo. Uma vez que se consegue o que queria, muda-se de atitude e descarta-se quem não tem mais relevância”, afirma Wiwi Parra. Se identificar esse perfil, seja reservado sobre sua vida pessoal e seus objetivos e perspectivas profissionais.
Excessivamente prestativo
“Sufoca quem convive com ele. Torna-se espaçoso e até inconveniente se não for dosado. O pior é que precisa ser validado constantemente, pois se você não o fizer, se ressente”, avisa Tânia. Para Deborah Toschi, muita gente gosta de ter pessoas com atitude prestativa por perto, mas é preciso ficar com as antenas ligadas sobre suas reais intenções -- talvez seja uma estratégia para lhe pedir favores mais tarde. “Tudo o que é excessivo não é bom. Mesmo que você se sinta seduzido pelos favores, é bom não cultivar esse tipo de comportamento, pois a pessoa pode considerá-lo merecedor de regalias ou elogios”. Se notar certo exagero e desconfiar do excesso de favores não solicitados, coloque limites.
Ansioso
Com essa postura, o colega atravessa as conversas, atrapalha reuniões, interrompe ou dificulta processos. Tende a perder o foco quando as coisas não saem como quer e se altera com facilidade, o que pode causar emoções negativas nos outros. Em alguns casos, a ansiedade é tamanha que atrapalha tarefas, deixando os colegas irritados. “Todos nós temos ansiedade, mas aqui estamos falando de um comportamento que interfere numa rotina. É importante saber dizer não, pois esse tipo sempre quer apressar e ter suas questões satisfeitas de forma imediata. Facilita bastante quando você estabelece os papéis e o tempo, e age colocando limites”, destaca Deborah.
Perfeccionista
Exige muito de si e dos outros. No fundo, tem muito medo do julgamento. Assim como a ansiedade, a postura perfeccionista contamina o ambiente com preocupações e paranoias. Chefe perfeccionista é terrível -- acaba sendo crítico demais. “Esse comportamento dificulta estabelecer prioridades e tomar decisões. Fica-se apegado ao preciosismo da tarefa, o que pode levar a perder prazos”, diz Wiwi. Para que o convívio seja mais fácil, liberte-se da necessidade de ser elogiado -- faça o seu melhor e satisfaça-se com isso. Não leve críticas para o lado pessoal e estimule a criatividade do colega, em vez de se ater somente a prazos, e incentive-o a exercitar a flexibilidade.
do UOL