Política

Postado dia 14/06/2017 às 22:08:17

Prefeito de Serranópolis do Iguaçu é preso em ação do Gaeco e do MPE

O Ministério Público Eleitoral (MPE) e o Gaeco deflagraram nesta quarta-feira (14) a Operação “Duas Caras”. A ação conjunta teve como alvo a Prefeitura e a Câmara Municipal de Serranópolis do Iguaçu, no oeste do Paraná. O prefeito Luiz Carlos Ferri (PMDB) foi preso. Na casa dele os agentes encontraram munição.

As investigações tiveram início nas eleições municipais de 2016 e indicam um suposto esquema de compra de votos. O MPE aponta que após o ajuizamento das ações, os suspeitos ameaçaram e pagaram testemunhas para que mudassem os depoimentos e forjassem documentos. Parte da propina, destaca a promotoria, foi paga na prefeitura da cidade.

Durante o cumprimento dos seis mandados de busca e apreensão nas casas e no gabinetes do prefeito, do chefe de gabinete, Marlon Utzig, e do vereador Vinícius Fracaro, foram apreendidos cinco telefones celulares. Os três foram encaminhados para prestar depoimento na sede do Gaeco em Foz do Iguaçu e estão proibidos de se aproximar e manter contato com as testemunhas do caso.

Eles devem responder, entre outros, pelos crimes de corrupção eleitoral, organização criminosa, corrupção de testemunhas, coação no curso do processo, falso testemunho e falsidade ideológica. 

Organização criminosa 

"Em maio, uma testemunha que havia voltado atrás no seu depoimento, compareceu ao MP com vídeos e informações de pagamentos de propina diretamente pelo prefeito e pelo chefe de gabinete. Tratava-se de um grupo que agia não só na compra de votos, mas posteriormente para que os processos fossem julgados improcedentes", comentou o promotor Heric Stilben.

Em abril, a juíza Carolina Marcela Franciosi Bittencourt, de Medianeira, determinou a cassação dos envolvidos. O processo está em fase de recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). E, por enquanto, os três suspeitos devem permanecer nos cargos.

Ao G1 a advogada do chefe de gabinete, Marlon Utzig, e do vereador Vinícius Fracaro disse que por enquanto não deve se pronunciar sobre o caso porque ainda não teve acesso ao processo, que corre em segredo de Justiça. Já a defesa do prefeito não foi encontrada.

do G1


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