Política

Postado dia 07/02/2018 às 03:04:41

Ratinho Jr descarta desistir de pré-candidatura ao governo

O deputado estadual Ratinho Júnior (PSD) descartou hoje a possibilidade de abrir mão de sua pré-candidatura ao governo em favor da vice-governadora Cida Borghetti (PP). E também afirmou não temer o assédio do grupo do ministro da Saúde, Ricardo Barros, marido de Cida, sobre partidos que o apoiam, como o PSC e o PR.

Nos últimos dias, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), tem dito que o governador Beto Richa (PSDB) só renunciará ao cargo para disputar o Senado se houver um acordo entre os partidos de sua base política em torno de um candidato único à sucessão estadual. O que significaria que um dos dois pré-candidatos governistas – Ratinho Jr ou Cida Borghetti – teriam que abrir mão em favor do outro. Caso contrário, afirma Traiano, Richa tende a permanecer no governo até o final do mandato. O grupo de Ricardo Barros conta com a renúncia de Richa para que Cida Borghetti assuma o governo por nove meses e ela concorra à reeleição.

Ratinho Jr deixou claro que a única possibilidade de um acordo seria se Cida Borghetti abrisse mão de seu projeto em favor da pré-candidatura dele, o que a vice também não admite. “Não estamos colocando a candidatura para negociar outros cargos. Nós temos um projeto que está sendo construído há quinze anos. Se por ventura alguém entender que esse é o projeto que atende os anseios desses partidos, nós estamos abertos. Nossa candidatura está colocada independente do que os outros partidos estão discutindo”, explicou.

Ele também garantiu não ter sido procurado por nenhum emissário do governador ou do grupo governista para conversar sobre uma articulação em torno de um acordo com a vice. “Até porque não procurou e acredito nem vai procurar no sentido de tentar nos convencer de algo que não seja a candidatura porque não vai acontecer, já sabe do nosso posicionamento. A não ser que ela entendesse que ela poderia ficar no governo e nos apoiar”, reafirmou.

Nos últimos dias, aliados do governo também têm relatado que o ministro Ricardo Barros estaria buscando atrair o apoio de partidos ligados a Ratinho Jr – como o PSC e o PR – para pré-candidatura de sua esposa. O pré-candidato do PSD minimizou essas especulações. “Não ouvi nada oficial dos partidos. E acho que ninguém vai definir nada antes de maio, junho, próximo das convenções”, previu.

Ao mesmo tempo, o deputado garantiu que não pretende entrar em uma disputa pelo apoio desses partidos que possa envolver qualquer tipo de barganha. “Agora eu não vou entrar em leilão. Não vou fazer isso. Os partidos que quiserem, de uma maneira sadia, construir com a gente um projeto, nós estamos à disposição. Mas se foi partir para o leilão, eu não faço questão de conversar com esses partidos”, assegurou.

Ratinho Jr garante que sua relação com o PSC é “de confiança”, pois ele integrou a legenda por 9 anos e tem proximidade tanto com o presidente estadual da sigla, deputado federal Hidekazu Takayama, quanto com a direção nacional da sigla. “Não acredito que o PSC teria um outro rumo a não ser com a gente nesse projeto”, avaliou.


 

 


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