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Norte do Paraná
Postado dia 15/01/2019 às 19:50:21
Rodoviária, escola e quadra paradas; sinal que o Brasil vai mal
Demorou aproximadamente seis anos para a entrega de 40 moradias para famílias carentes em Assaí, no Norte do Paraná.
Sem entrar no mérito acerca de responsáveis pelo atraso, tal situação demonstra a realidade de um país onde as coisas não funcionam da melhor maneira. É deveras sinal de que o Brasil vai muito mal.
Divulgado no segundo semestre do ano passado, estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) indicava que 2.796 obras estavam paradas no Brasil. Daquele total, quase a metade, ou exatamente 48,7%, referia-se à construção de creches, pré-escolas e quadras esportivas nas escolas.
Em Assaí, por exemplo, já se vão inúmeros dias e anos desde o início de construção de quadra poliesportiva da Escola Municipal Maria José Silva Santos até a data de sua conclusão, que ainda não se sabe quando acontecerá.
Cronograma de construção, e suas reiteradas interrupções, ainda das escola Rural Municipal Padre França Wolkers e Princesa Izabel, posto de saúde da Vila Nova Esperança e reforma do terminal rodoviário local, serve como perfeita demonstração da ineficiência do Estado brasileiro.
Há, sim, falta de planejamento. Se a administração pública decide por executar alguma obra, deve se ter garantida a verba necessária. Deve-se ainda assegurar mecanismos que impeçam a contratação de empresas que não têm condições de conduzir tais empreendimentos. Por outro lado, há necessidade de garantir a agilidade em pagamento às construtoras conforme o cronograma de execução.
Para a CNI, havia 2.796 obras paradas no Brasil, no segundo semestre de 2018, das quais 18,5% referente ao setor de infraestrutura, com destaque para saneamento básico, com 447 empreendimentos interrompidos na fase de execução.
No entanto, em junho de 2018, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontou que, somente no programa “Agora é Avançar”, do governo federal, havia mais de 7.400 obras paralisadas, a um custo de R$ 76,7 bilhões para que fossem retomadas e concluídas.
O que diz a CBIC
Nos cálculos do especialista, apenas a retomada e conclusão das obras paradas do programa “Agora é Avançar” adicionariam 1,8% ao PIB brasileiro no curto e médio prazo, na perspectiva da demanda agregada, o que representa um acréscimo de R$ 115,1 bilhões ao produto e à renda do País. No âmbito da oferta agregada, o término dessas obras aumentaria em 0,65% a capacidade de crescimento do Brasil, o chamado “produto potencial”, com um intervalo de 0,33% a 1,21%. Isso corresponde a R$ 42,4 bilhões por ano.
Ao longo desses dois anos, seriam gerados ainda cerca de 1,4 milhões de empregos diretos e indiretos, com base no impulso propiciado pela retomada das obras. O cálculo considera um estudo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), de janeiro de 2017, segundo o qual R$ 1 milhão investido na produção do setor de construção pesada gera 56 ocupações – diretas e indiretas – ao longo de um ano, com base na matriz de insumo-produto