Política

Postado dia 26/01/2022 às 21:57:03

Ratinho Junior, dando seus pulos e a sabedoria de Guimarães Rosa

O mestre Guimarães Rosa dizia que o sapo não pula por boniteza, mas por precisão.
Uma metáfora de quem, acuado, precisa corrigir suas ações, por motivos éticos ou estratégicos e até de sobrevivência .

No caso de Ratinho Junior é apenas precisão eleitoral mesmo , votos. As pesquisas internas acenderam o sinal amarelo de alerta e agora o governador, sempre indiferente, desceu do salto alto e está dando ágeis pulos em direção a todos os partidos, inclusive aqueles que, ao lado de seus úlicos, menosprezava.

O lançamento de mais uma candidatura ao governo, a do jovem Cesar Silvestri Filho, ao lado da de Roberto Requião, que vai evoluindo nas enquetes, pode subtrair pontos importantes para o pretendido fechamento da fatura no primeiro turno.

Há também o derretimento da candidatura de Jair Bolsonaro, cujo apoio foi fundamental e decisivo na eleição de Ratinho em 2008, além da enorme rejeição e efeito mobilizador entre os servidores públicos com o calote dado na data base da reposição das perdas inflacionárias.

Sem falar no favoritismo de do ex-presdente Lula, como apontam todas as pesquisas e as naturais repercussões no Paraná e no palanque de Requião.

Assim, o pulo de hoje é em direção ao MDB de Anibelli Neto e Sergio Souza, convidados para jantar com o governador e fechar o acordo eleitoral deste ano. Obviamente cargos são esperados nas negociações.

Do outro lado em trincheiras diferentes – e muito distantes da farta mesa palaciana, Requião e Beto Richa vão reunindo seus muitos eleitores e partidos com perfis de aliados ,como os que balançam entre federações partidárias e apoios locais.

No tabuleiro da planície e fora dos acepipes do banquete palaciano estão atores importantes como PDT e PV com gente de peso e muitos votos.

A lógica na disputa é que Ratinho Junior será o adversário comum na disputa pelo poder. Tucanos e petistas juntos e nutridos com tempo de televisão e, naturalmente, os milionários recursos do fundo eleitoral, não vão deixar barato.

Sem talheres na seleta mesa do banquete, o Baixo Clero da Assembleia Legislativa, que funciona como biruta de aeroporto, sempre de acordo com os ventos do fisiologismo, e que durante três anos de governo usou e abusou de emendas parlamentares, entregas de viaturas e ambulâncias nos pequenos municípios, já anda beirando a cerca da oposição, com o apetite atraído pela chegada dos novos dividendos eleitorais da oposição. Não larga a antiga teta, mas não despreza qualquer outra que apareça.


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