Visitei favela no Rio de Janeiro pela segunda vez

Por duas ocasiões, já tive oportunidade de visitar diferentes favelas na cidade do Rio de Janeiro. Característica comum desses passeios foi me deparar com alguma pessoa com fuzil em mãos.

Ainda no revéillon de 2018, encantou-me a Cidade Maravilhosa, com sua inesquecivel queima de fogos e praia com mais de 2 milhões de pessoas, acompanhando o show da virada com a cantora Anitta.

Daquela vez, hospedei-me em uma espécie de hostel localizado na Favela do Vidigal. Aquela comunidade pacificada recebe muitos turistas, principalmente estrangeiros, interessados em conhecer de perto a realidade local.

Ainda que seja um local bastante tranquilo, causou-me bastante surpresa ao ver um homem - com fuzil em mãos - aparentemente fazendo a "segurança" daquela comunidade.

Nessa segunda visita à cidade do Cristo Redentor, em abril de 2023, seguia pelas imediações da Linha Vermelha, quando, inesperadamente, passou por mim um rapaz conduzindo uma moto, e outro jovem na garupa, carregando um fuzil, como em posição de ataque.

Pegou-me a curiosidade então de adentrar um pouco pelas ruelas da Favela do Cajú, cuja via principal segue em paralelo à Linha Vermelha.

Diante da rua sem saída daquela comunidade, tive que ir e voltar. Já no retorno pela ladeira, havia outros dois jovens "patrulhando" a área de moto, cada um empunhando seu fuzil.

Para nativos, tal cenário beira à normalidade. Todavia, aos de fora, causa estranhamento, medo e certa tensão.

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