Correligionário de vereador usava dinheiro público e cobrava ingresso em festas

O vereador Carlos Júnior da Silva (PL) defende que, ao direcionar dinheiro público para bancar gastos com shows, e ter ainda o Provocar vendido a praça de alimentação, não deveria ser cobrado um quilo de alimento para entrada à festa dos 92 anos de emancipação política do município de Assaí (PR).

Em resposta ao vídeo divulgado na rede social sobre o assunto, o correligionário do vereador Juninho, o ex-prefeito Luiz Alberto Mestiço Vicente (PL), ponderou que, "mas, isso deve estar no convênio que vocês aprovaram entre o Provopar e a prefeitura, entrada 1 kg de alimentos!". O vereador Juninho esteve no mesmo palanque que Mestiço, derrotado a prefeito em 2020.

Adotando a velha política de costume, do "eu estou sempre certo" e "vocês só fazem coisas erradas", Luiz Mestiço se esqueceu que, em seu primeiro ano de mandato, em 2013, prefeitura vendeu a praça de alimentação por R$ 65 mil, repassou R$ 300 mil para a Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultural e Artístico de Assaí (rádio Studio FM) organizar a festa, e o povo ainda teve que pagar ingressos.

Entre 2013 e 2016, o município de Assaí gastou cerca de R$ 2 milhões em festas e eventos, com shows, segurança privada, fogos de artifício, banheiros químicos, entre outros.

Além do aporte financeiro por parte da administração municipal, houve ainda venda de praça de alimentação, estacionamento pago cobrado pelo Provopar, realização de show de prêmios, sem prestação de contas.

Pessoal da prefeitura ainda passava em diversos estabelecimentos comerciais para recolhimento da arrecadação da venda de ingressos e camarotes. Não se sabe para onde foi o dinheiro, se deu lucro ou prejuízo, e para quem ficou tais recursos.

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