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Norte do Paraná
Postado dia 06/08/2024 às 09:16:37
Ex-prefeito de Assaí não se convence de derrota e lança esposa
Após sucessivas derrotas em sua tentativa de assegurar espaço no PL (Partido Liberal), o ex-prefeito Luiz Alberto Vicente, o Mestiço, anuncia sua esposa, Ildeney Molin Vicente, a Beka, como candidata a prefeita de Assaí (PL), pelo PSDB. Candidato a vice-prefeito seria o ex-vereador Alaor Euzébio dos Santos.
A ex-primeira dama Beka já ocupou cargo comissionado em gabinete do deputado federal João Arruda. À época, efetivamente não prestava serviços àquele parlamentar, pois atuava diariamente no Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense).
Como responsável pelo Provopar, esteve diretamente envolvida com a movimentação de uma fortuna relacionada a festas e eventos – que consumiram quase R$ 2 milhões, entre 2013 e 2016.
Tal montante se refere à contratação de empresa organizadora e de shows, seguranças, banheiros químicos, fogos de artifícios, entre outros. Somente em 2013, a prefeitura de Assaí havia destinado R$ 300 mil para a Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultural e Artístico de Assaí (rádio Studio FM) para a organização da festa, e ainda vendido a praça de alimentação por R$ 65 mil.
Além dos gastos públicos, havia cobrança de ingressos e venda de camarotes. O Provopar ainda tinha estacionamento pago. No entanto, aquela gestão nunca prestou contas alguma.
Entre 2013 e 2016, o Provopar registrou apenas movimentação de R$ 700, 00 em determinado ano. Considerando que o ex-prefeito tem falado muito em “transparência” nos últimos dias, principalmente relacionada ao PL (Partido Liberal), poderia também prestar os devidos esclarecimentos sobre onde foi parar a fortuna movimentada pelo Provopar.
Sem liderança política consolidada, Beka Molin passa a ser utilizada para que Luiz Mestiço tente novamente voltar ao poder em Assaí, sem abrir espaço a correligionários seus.
Durante sua gestão, a então secretária municipal de Assistência Social, Olga Massae Furukawa Tanno, respondeu a ação civil pública e multada em R$ 2.000,00, porque, oficialmente, sua pasta era a responsável pelo Programa Frente de Trabalho.
De acordo com o promotor Kelsen Ceriaco de Campos, "os agraciados eram selecionados de acordo com promessa de campanha ou por conveníência do gestor público". O Ministério Público constatou também que Luiz Mestiço "se utilizava de tal recurso para beneficiar pessoas ligadas a si politicamente".
Autos de Ação Civil Pública n° 0000758-50,2019.8.16.0047
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