Cornélio Procópio

Postado dia 19/09/2013

Curso ensina técnicas de reciclagem com artesanato

Iára Capraro
Peças desmitificam a figura do lixo

de Laiz Auriglietti

O projeto Arte com Sustentabilidade ofertou nesta quarta, no centro de convivência da Utfpr – Universidade Tecnológica Federal do Paraná - palestra e curso que ensina reciclagem como artesanato. O projeto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) faz parte do programa Paraná Sem Lixões e está percorrendo várias regiões do Estado. A Sanepar faz parte do comitê gestor do programa, que visa conscientizar sobre a importância da reciclagem e do reaproveitamento dos resíduos domésticos.

Os cursos são ministrados pela professora Iára Capraro, que trabalha com pintura e arte decorativa há 25 anos. Iára é professora e empresaria do ramo de artesanato e em seus cursos ensina a pintar, decorar e fazer artesanato. A artesã já apresentou programas de tv sobre arte decorativa  e hoje tem suas aulas disponibilizadas no youtube, com quase 10 milhões de seguidores no mundo todo. “A mudança de atitude deve começar em casa. É isso que passamos em nossas palestras e no nosso curso, onde ensinamos a transformar resíduos em objetos de uso e decoração e transformar a matéria prima dos resíduos sólidos em um artesanato de primeira linha. A ideia é formar agentes multiplicadores engajados em cada comunidade confeccionando peças que desmistifique a figura do lixo. É despertar um olhar diferente para este material que até então era descartado e conscientizar todos os segmentos da sociedade. O custo é baixo e o retorno viável para qualquer pessoa”, explica.

A professora disse que hoje as escolas têm um grande papel na formação da consciência ambiental do jovem e da criança, mas muitos adultos ainda não assimilaram essas práticas de reciclagem do lixo doméstico. “Muitas donas de casa ainda são reticentes na hora de reciclar e nós atuamos como agente transformador, levando para dentro de casa a visão de aproveitar o resíduo em artesanato, atividade que pode se tornar uma fonte de renda para a família ou mesmo um novo hobby”, afirma.

Oscar Balarin, secretário municipal do meio ambiente, enaltece o apoio incondicional da prefeitura em ações que visam educar e gerar renda. “Temos aqui artesãs e professores de artes de toda a região reunidas com o mesmo intuito: tornar o resíduo sólido não apenas uma maneira de reciclar, mas também de fazer arte e propiciar um sustento para as famílias”, acrescentou.

Para o veterinário e vereador Rafael Haddad, este evento traz uma mudança no comportamento do

Oscar Balarin, Rafael Haddad, Iára e Dudas

 ser humano, preocupação do indivíduo de transformar aquele lixo reciclável em arte com sustentabilidade ambiental. “É tornar aquilo que talvez fosse para as ruas em um material que vai gerar renda principalmente para as comunidades mais carentes. Estamos formando multiplicadores para levarem isso para a sociedade. Aquela caixinha de leite, garrafa pet ou frasco de shampoo pode tornar-se uma peça artística, de valor alto no mercado pelo manuseio minucioso do artista, e evita que este lixo seja depositado de forma irregular no meio ambiente, fazendo com que o mesmo ganhe uma utilidade valorosa”, ressaltou

O vereador lembra que o intuito principal do Paraná sem lixões é diminuir o lixo que vai para o aterro, seja por meio da reciclagem, da reutilização ou pela redução de consumo. “São os três “erres” que norteiam toda a questão dos resíduos sólidos, e, possivelmente, transformam nossa região num exemplo para o Paraná e para o Brasil, valorizando ainda os dons artísticos da pessoa que produziu. Realmente é uma revolução na área de sustentabilidade ambiental”, disse.

Laerte Dudas, coordenador de resíduos sólidos da Sema, salienta que a ideia é atender a política nacional de resíduos sólidos e extinguir a figura do lixão. “Um dos braços do programa Paraná sem lixões é o ‘arte com sustentabilidade ambiental’. Estamos propiciando que as pessoas coloquem valor agregado aos resíduos que são gerados e que este material não vá parar lá no lixo e nem nos aterros, mas que ele volte para a cadeia produtiva na forma de arte. Esperamos que essas pessoas aqui em Cornélio multipliquem aos demais a ideia de que tudo pode ser aproveitado. Arte é educação”, concluiu.


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