Cornélio Procópio

Postado dia 19/09/2013

Bancários entram em greve por tempo indeterminado

Ivaí, diretor do jurídico
Elizeu, secretário geral

de Laiz Auriglietti

Bancários de todo o país estão paralisados por tempo indeterminado a partir de hoje (19), informou o coordenador do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Carlos Cordeiro. A decisão de paralisação foi tomada na semana passada. Proposta oferecida pela Fenaban não agradou a categoria. A categoria pede reajuste salarial de 11,93%, que corresponde à inflação dos últimos 12 meses, mais ganho real de 5%, além de melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e elevação do piso salarial - dos atuais R$ 1.519,00 para R$ 2.860,21. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu reajuste linear de 6,1%, que é a correção da inflação.

Segundo Elizeu Marcos Galvão, secretário geral do sindicato dos bancários de Cornélio Procópio e região, bancários de todos os estados decidiram, na semana passada, pela paralisação, caso os banqueiros não apresentassem até ontem contraproposta com melhores condições. Como a negociação não evoluiu, a categoria promoveu novas assembléias para decidir sobre a greve.

“A experiência de negociações de anos anteriores mostra que os banqueiros têm um descaso muito grande com a população. Eles não se preocupam com seus clientes e usuários. Se pegarmos a média dos últimos anos da inflação e o que o sindicato tem conquistado por meio de grandes greves no país um aumento acima da inflação média de 2%, seria muito fácil para os banqueiros, antes da greve, apresentar um aumento real de 3%. Tivemos quatro rodadas de negociação, mas a Fenaban nada ofereceu de aumento real, nem valorizou o piso salarial, o que causou indignação e levou à greve”, explica.

Para Ivaí Lopes Barroso, diretor de assuntos jurídicos do sindicato dos bancários de Cornélio e região, a melhor saída para o bancário no momento é vir à luta por meio do movimento legítimo de greve. “O país está crescendo e os bancos continuam batendo lucros recordes. Logo, é necessário que nos apresente uma proposta respeitável e que valorize dos bancários, algo ainda pouco existente", ressaltou.

Elizeu aproveitou o ensejo para agradecer a população em geral pelo apoio e pela compreensão que tido todos os anos com a greve dos bancários. “A pessoa quando vai até a agência bancária sabe o quanto ela é penalizada com longas filas, período grande de espera para o atendimento individual e falta de pessoal para agilizar tais transtornos. A população tem compreendido nossos manifestos e nossos anseios”, concluiu. Além de aumento de salários, os bancários pedem melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e mais contratação de funcionários. A última greve, ocorrida também em setembro do ano passado, data base do setor, durou em torno de 15 dias.


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