Ex-candidato a prefeito de Santa Cecília do Pavão é condenado a 3 anos de prisão

A juíza Juliana Pinheiro Ribeiro da Fonseca, da Vara Criminal de São Jerônimo da Serra, condenou o ex-candidato a prefeito Dhiego Faustino de Godoy, de Santa Cecília do Pavão, à pena privativa de liberdade de 3 anos e 20 dias-multa.

A condenação se refere ao fato de que Godoy portava em sua cintura um revólver Rossi, calibre 38, municiado com 5 cartuchos intactos, localizado pela Polícia Militar em 06 de agosto de 2014. Também possuía em sua residência 12 munições calibre 38, marca CBC, intactos, conforme constatado em 14 de agosto daquele ano.

O ex-candidato a prefeito havia sido alvo do cumprimento de mandados de busca e apreensão por duas ocasiões, em 6 e 14 de agosto de 2014, no âmbito da Operação  Sucupira.

Segundo o policial Vanderlei Anastácio, que atuava em apoio ao pessoal do Gaeco naquela operaçã, "no momento em que aguardavam para fazer o cumprimento avistaram a pessoa que seria abordada e ao abordarem a pessoa ela empreendeu fuga, pois achou que eram bandidos; que isso ocorreu por volta das 6 hrs da manhã; que a pessoa se deslocou até o pessoal da polícia militar".

Godoy não possuia porte de arma, e alegara que era para sua segurança. Ele acrescentara ainda que tinha comércio e "já haviam ocorridos vários roubos com ele".

Conforme sentença que julgou procedente a ação criminal, datada de 05 de abril de 2021, a magistrada Ribeiro da Fonseca convertou a pena privativa de liberdade emduas restritivas de direitos. Godoy terá então que prestar serviços à comunidade, "devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho, em local a ser indicado em audiência admonitória". Deve ainda arcar com "prestação pecuniária no valor de três salários mínimos vigente na data de prolação desta sentença".

Ele apresentou recurso ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), em 02 de junho de 2021.

Operação Sucupira

Dhiego Faustino de Godoy constava da lista de 39 pessoas envolvidas em operação conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Londrina que investigava desvios de recursos públicos na prefeitura municipal de São Jerônimo da Serra.

Ministério Público constatou que, sob comando do então prefeito de Sã Jerônimo da Serra, organização criminosa agia direcionando procedimentos licitatórios para empresários previamente escolhidos, que favoreciam a concretização dos desvios de insumos e serviços. Além disso, o grupo também realizava o abastecimento de carros particulares e de terceiros com recursos que deveriam ser utilizados para o abastecimento da frota municipal.

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