Ligação entre Apucarana e Londrina prevê ponte sobre o rio Tibagi

Lideranças políticas, empresariais e comunitárias do Norte do Paraná, entre as quais o prefeito de Apucarana, Beto Preto, se reuniram na sexta-feira (18) na Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), para defender a criação de uma nova porta de entrada para Londrina e municípios da região.

"Ainda em fase de elaboração, o projeto prevê ligar Apucarana à PR-090, passando por Londrina, com a construção de uma ponte sobre o Rio Tibagi. A importância dessa ligação é tão grande para o futuro da região que até já recebeu um nome sugestivo e compatível com a relevância: Rodovia do Desenvolvimento", afirmou Beto Preto.

Conforme proposta defendida durante aquele encontro, moradores de Assaí, São Sebastião da Amoreira, Nova Santa Bárbara e região não teriam mais que seguir pela rodovia BR 369, deixando de passar pela praça de pedágio de Jatazinho.

Além de Beto Preto e o prefeito de Londrina,  Alexandre Kireeff (PSD), participaram da reunião empresários e prefeitos de Arapongas, Ibiporã, Santa Cecília do Pavão, Santa Mariana, São Sebastião da Amoreira e Tamarana.

A proposta foi elaborada pela ACIL, a partir de uma ideia do deputado estadual Tercílio Turini (PPS) e o deputado federal André Vargas (PT) – que estavam presentes no encontro.

Com um traçado estratégico, a nova estrada iria impulsionar a competitividade regional. "A rodovia tem esse nome porque é uma porta de entrada para o desenvolvimento de toda a região", disse o presidente da ACIL, Flávio Montenegro Balan.

A proposta do grupo é fazer a ligação de Apucarana até a PR-090, passando pela Rodovia Álvaro Godoy e a PR-445, com a construção de uma ponte sobre o Rio Tibagi. "A transposição do Tibagi pode ser feita a partir de São Sebastião da Amoreira ou a partir de Nova Santa Bárbara", diz Marcelo Mafra, consultor da ACIL e um dos elaboradores da proposta.

"Hoje o município de Londrina tem uma área urbana estrangulada e uma imensa área, na região sul, que pode ser usada para a expansão industrial. A construção da Rodovia do Desenvolvimento impulsionaria esse processo não apenas em Londrina, mas em todos os municípios que hoje se encontram geograficamente isolados."

O próximo passo, segundo a ACIL, é encaminhar ao Governo do Estado uma solicitação para que sejam realizados os projetos técnicos. Esse documento foi assinado pelos participantes do encontro. Os recursos viriam do PAC 2, por meio do Governo Federal. A execução da obra ficaria sob a responsabilidade do Estado. "É a Rodovia do Desenvolvimento e também da união – porque estamos envolvendo os três níveis do Poder Executivo, superando eventuais diferenças e trabalhando em prol da comunidade", comentou Flávio Balan.

O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, revelou entusiasmo com a proposta. "A aproximação com os municípios que estão do outro lado do rio, através de uma solução de transporte, cria intercâmbio comercial, de serviços, entre empregadores e trabalhadores, fazendo com que toda região ganhe em competitividade." O prefeito destacou que a colonização do Norte do Paraná só foi possível pela existência da ligação ferroviária. "Precisamos olhar para o futuro e garantir novas formas de integração logística como a Rodovia do Desenvolvimento."

O coordenador do Núcleo Industrial da ACIL, José Antonio Fontes, diz que a proposta da Rodovia do Desenvolvimento está em sintonia com o Plano de Industrialização que está sendo elaborado pela entidade. "Hoje em dia não há como falar em municípios como unidades isoladas. Não existem células únicas no desenvolvimento. É preciso falar sempre em termos de região."

comente esta matéria »