Assaí, o patrocinador do castelo japonês do norte do Paraná

Estava eu ouvindo a rádio LBC (Leading Britain's Conversation) quando me deparei com uma informação bastante interessante: que o mais famoso cartão postal da capital inglesa passaria a ser denominado de Coca Cola London Eye.

Ao invés do tradicional azul, a também conhecida Roda do Milênio (Millennium Wheel) agora se encontra toda em vermelho de forma a destacar o patrocínio celebrado com a gigante mundial de bebidas.

Informações sobre a roda gigante da Inglaterra também me levaram a algumas reflexões sobre o Memorial da Imigração Japonesa, o chamado Castelo Japonês, atualmente em construção em Assaí, no norte do Paraná.

Tal obra se justifica em função da colonização nipônica no município, emancipado politicamente em 1932. E o castelo japonês poderia contar com patrocínio da Assaí Atacadista,

Da mesma forma do patrocínio feito entre Coca Cola e London Eye (a gigante mundial no ramo de bebidas e a roda gigante inglesa), também há histórica ligação entre o pequeno município do norte do Paraná (Assaí) e a Assaí Atacadista. Aquela empresa foi fundada pelo assaiense Rodolfo Nagai, em 1974, que a vendeu ao grupo Pão de Açúcar, em 2007.

A proposta para que a Companhia Brasileira de Distribuição (o antigo Grupo Pão de Açúcar, e controlador do Assai Atacadista) patrocine o Memorial da Imigração Japonesa pode levar em consideração as parcerias entre as mais importantes casas de modas mundiais e os monumentos italianos. Ou seja, a percepção de, conforme a responsabilidade social daquelas grifes, valorizar "o que é nosso".

Como exemplo tem-se as reformas da Fontana Di Trevi (sob responsabilidade da Fendi), do Coliseu (patrocinada pela Tod's) e da Ponte dos Suspiros (Bulgari), além da restauração da Ponte Rialto, ambas em Veneza (custeada pela Diesel).

Inspirada em tais experiências bem que a Assaí Atacadista - que conta com mais de 80 lojas em 13 estados do Brasil -, poderia contribuir com a manutenção do Memorial da Imigração Japonesa.

Nesse sentido, aquele monumento poderia contar com museu retratando a colonização nipônica e também um pouco da história do "atacarejo" nacional. Afinal de contas, foi dali, da terra vermelha do norte do Paraná, que partiu a família Nagai rumo a São Paulo, onde na década de 1970 fundou a Assaí Atacadista.

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