Assaí

Postado dia 10/12/2015 às 04:15:42

Prefeito de Assaí acusa site de extorsão. Cadê as provas?

O prefeito de Assaí, Luiz Alberto Vicente (PSDB), procurou o Poder Judiciário com a alegação de que teria sido vítima de extorsão por parte do responsável pelo site Revelia, por meio de exigência de vantagem financeira para deixar de publicar matérias negativas sobre a administração municipal.

No entanto, não há provas concretas de tais alegações.

Segundo denúncia oferecida, em 8 de dezembro de 2015, pelo Ministério Público do Estado do Paraná, a exigência de vantagem financeira teria se dado também por meio de ligação telefônica. Na ocasião, o editor do site Revelia teria inclusive utilizado o telefone do salão do Andrade Cabeleireiros para ligar para o celular do prefeito.

Mas cadê as provas? Há registro da chamada telefônica em tal data que determina essa situação?

Os-de-boa-memória vão se lembrar que, no ano passado, o prefeito assaiense havia ligado para o editor do Revelia, comentado sobre o Hospital Pró-Vida, gravado a conversa, e divulgado inclusive no Jornal Metropolitano, da rádio Studio FM.

Alguém aí se recorda disso? Aquele que clandestinamente gravou conversa de terceiros no passado, não poderia ter agora feito o mesmo para comprovar tal suposta extorsão sofrida?

Bem, testemunhas do prefeito na atual ação judicial são os munícipes Carmen Cortez Wilcken, José Andrade dos Santos, Luiz Cláudio Souza e Rogério Lajarin Hernandez.

Zé Andrade é o cabeleireiro, que tem obra social na cidade, como mutirão para construção de casas para pessoas carentes. Já são pelo menos quatro moradias. Ele não tem coisa alguma a ver com essa história de Fórum. Só o prefeito disse que o réu teria utilizado o telefone do salão do Zé Andrade para fazer a chantagem.

Carmem Cortez Wilcken, advogada, ocupa cargo comissionado na prefeitura de Assaí. Quando chamada a depor em Juízo, é claro que vai somente relatar a verdade dos fatos. Afinal de contas, de acordo com o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, um dos deveres seus como profissional é "atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé", além de "velar por sua reputação pessoal e profissional".

Agora, vamos tratar então das duas últimas testemunhas  do prefeito Luiz Alberto Vicente.

A primeira, Rogério Lajarin Hernandes, ocupa cargo estadual na Ciretran por indicação política do prefeito. Proprietário de um imóvel perto da antiga Assaimenka, Lajarin já recebeu, em 2015, R$ 26.250,00 de um total de R$ 37.500,00 anuais. O dinheiro vem do aluguel de barracão para a Associação dos Catadores e Separadores de Materiais de Assaí - ASCAMARA. O contrato é com a prefeitura de Assaí.

Já Luiz Cláudio Souza - para quem não sabe - até recentemente trabalhou no polo presencial da UAB (Universidade Aberta do Brasil), a convite do prefeito Luiz Alberto Vicente. Ele também atuou como diretor nas secretarias municipais de Saúde e de Trabalho e Geração de Emprego - sempre em cargo comissionado (sem concurso público),  2013 e 2015.

Os cidadãos Luiz Cláudio Souza e Rogério Lajarin Hernandes já foram vistos publicamente com dois celulares em mãos, cada. Por que não gravaram tal extorsão contra o prefeito? Cadê tais inconcussas provas, preclaros senhores?

Isso me faz lembrar o político americano Adlai Ewing Stevenson (1900-1965), que dizia: "Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles".

De  minha parte, apenas me divirto com tantas mentiras, pois aqueles que intentam algum mal contra mim, acabam tropeçando em suas próprias maldades.


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