Mãe prefere parto em casa, filha morre e revolta médicos

Uma menina morreu logo após o parto realizado dentro de uma residência, em Ponta Grossa. A morte aconteceu nesta terça-feira (18) no bairro de Nova Rússia. A criança pesava 4.465 quilos e media 57 centímetros.

Os médicos que atenderam a situação estavam indignados e disseram que vão registrar Boletim de Ocorrência (BO) para que a Polícia Civil possa apurar a responsabilidade dos pais e da enfermeira que acompanhou o parto.

O parto ocorreu em uma casa próximo ao Corpo de Bombeiros de Nova Rússia. Logo após o nascimento, os pais chamaram o Siate que, em seguida, chamou o Samu, para que houvesse acompanhamento médico.

O médico do Samu, Delmar Pimentel Junior, recebeu a informação de que o bebê estava em parada respiratória quando o Samu estava em deslocamento para a residência dos pais.

Segundo o médico Delmar, o bebê estava em parada cardiorrespiratória e com deslocamento de ombro. A equipe ainda entubou a criança e ficou 25 minutos tentando reanimá-la, mas a menina não resistiu.

O corpo foi levado ao necrotério do Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira, enquanto que a mãe foi encaminhada à Santa Casa de Misericórdia.

O médico pediatra do Hospital da Criança, Rodrigo Alessandro de Souza Netto, disse que a criança chegou em óbito no hospital. Ele estava indignado com a escolha da família e disse que a situação era um “absurdo”. Segundo ele, recentemente, mais um bebê morreu 20 dias após o parto domiciliar em Ponta Grossa.

Segundo informações do Samu, a mãe estava internada na Santa Casa antes do parto, porém, pediu alta para ter o filho em casa. “Onde está a Vigilância Sanitária que permite isso? Um parto domiciliar pode ter intercorrências. Esse bebê era um bebê viável”, disse o médico Rodrigo.

Os familiares não foram localizados pela reportagem do Diário dos Campos para comentar a situação.

Com informações, Diário dos Campos.

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