Mulher presa por simular o próprio sequestro é solta em Londrina

Uma moradora de Londrina, no norte do Paraná, presa por simular o próprio sequestro e extorquir R$ 12 mil de um homem que conheceu pela internet, foi liberada com o uso da tornozeleira eletrônica na terça-feira (6). Segundo a Polícia Civil, a mulher estava detida desde sábado (3) no 3º Distrito Policial da cidade, e deixou a cadeia depois de uma audiência de custódia.

De acordo com as investigações, a mulher fez um perfil falso em uma rede social e manteve contato com a vítima, que é de Curitiba, durante cinco meses. Em uma única oportunidade, dias depois de se conhecerem virtualmente, houve um encontro pessoal na capital, que foi bancado pelo homem.

Após o encontro, o contato continuou pela internet e, em determinado momento, a mulher pediu ajuda, dizendo ter sido sequestrada e solicitando que ele fizesse depósitos em dinheiro, em conta que teria sido fornecida pelos sequestradores.

Alguns depósitos foram feitos, totalizando R$ 12 mil. Porém, como a mulher não era “libertada”, o homem procurou ajuda do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), unidade de elite da Polícia Civil especializada em antissequestro.

Segundo Luis Fernando Viana Artigas, delegado-titular do Tigre, em menos de 24 horas os policiais identificaram que o perfil utilizado pela mulher, que se identificava como Ana Clara, era falso.

Além disso, os policiais descobriram que a estelionatária pagou uma terceira pessoa para ir até Curitiba se encontrar com a vítima, bem como usava a foto dessa pessoa nas redes sociais. Essa mulher ainda não foi identificada, de acordo com Artigas.

Prisão
A mulher foi presa em casa no último sábado, no bairro Ernani Moura, em Londrina. No local também foram apreendidos 109 cartuchos de munição calibre 9mm, vários documentos falsos, telefones celulares utilizados para fazer contato com a vítima e parte do dinheiro extorquido.

O Grupo Tigre investiga se a mulher fez outras vítimas usando o mesmo tipo de golpe. “Contamos com o apoio da Polícia Civil de Londrina e repassamos todas as informações para que possam identificar outros golpes da mulher na cidade”, disse o delegado do Tigre.

Cuidado com golpes
De acordo com Artigas, o número  de golpes aumenta no fim do ano, com o apelo de datas comemorativas, como o Natal. “Orientamos a não fornecer dados pessoais e de familiares para quem não se conhece pessoalmente”, alerta.

Em caso de sequestro, a polícia deve ser comunicada imediatamente. “É importante procurar imediatamente a polícia em caso de sequestro e não fazer depósito nem entregar dinheiro”, explica o delegado.

do G1

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