Política

Postado dia 03/12/2011

Deputado Francischini cobra de Dilma demissão de ministro

do Paraná Online

 

A presidente Dilma Rousseff embarcou para a Venezuela e não exonerou Carlos Lupi. Deixou o caldo fervendo, em fogo médio, com a saída de vapor da panela de pressão fechada. Distância da bomba é medida profilática. Nem mesmo os companheiros de partido do ministro gostaram da falta de atitude da presidente. Dada à proporção que o problema tomou, preferiam que ela tivesse resolvido de vez a questão. Seria o certo, ainda mais depois da recomendação expressa e firme da Comissão de Ética do gabinete presidencial, comandada pelo jurista Sepúlveda Pertence. No PDT, a presença do acusado no alto escalão tornou-se um estorvo. Por que será que para o governo isso ainda não ficou claro?

Respingo

A cúpula do partido contabiliza os prejuízos e sabe que não vale mais à pena manter um cacique com sua bandeira sob bombardeio tão ferrenho. A credibilidade da sigla está em jogo. O que falta é coragem a algum companheiro de militância para dizer isso na cara do ministro.

Recados

Estão deixando a decisão para ele mesmo tomar, sugerindo reflexões, avaliações, insinuando o pedido de demissão como solução imediata para abrandar a crise. Pelo menos da parte que serve para ruir as hostes pedetistas. "O Lupi está provocando desgaste do partido, que atinge a todos. Ele está no ministério como um representante do PDT, e não como um indivíduo", comentou ontem à imprensa, em Brasília, o deputado federal Brizola Neto. Fácil de entender, não?

Ringue

No Planalto, o imbróglio envolvendo o ministro do Trabalho colocou forças em choque. Dilma não aceita a pressão a que foi submetida após a recomendação da Comissão de Ética, que não volta atrás na indicação de demissão de Lupi. Mesmo ciente da dimensão que o caso alcançou, a presidente está, agora, disposta ao confronto.


Providências

Na mesma trincheira, a chefe da nação tem o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que classificou como "extremamente relevante a recomendação. No plano ético, o que mais se afirmou é a inconveniência da permanência dele", sustentou. Cumprindo suas funções, Gurgel encaminhou ao Ministério Público Federal cópias de representações propostas contra Lupi, para instruir investigação sobre possíveis atos de improbidade.

Mais um

A última pitada de sal do dia foi dada pelo deputado federal paranaense Fernando Francischini. Ele protocolou ação popular na 5ª Vara Cível da 4ª Região da Justiça Federal, do Paraná, contra a presidente, por ela não ter demitido Carlos Lupi.


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