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Postado dia 13/06/2017 às 21:53:15

Pesquisadores criam chatbot que ajuda a tratar depressão

O tratamento da depressão acaba de ganhar um aliado. Psicólogos da Universidade de Stanford (EUA) desenvolveram um chatbot (programa de computador que simula a comunicação com outro ser humano) que ajuda no tratamento desse problema e, também, de ansiedade. O Woebot foi apresentado na terça-feira (6) no periódico científico Journal of Medical Internet Research Mental Health. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo.No Brasil, a doença acomete 5,8% da população.

O software se destaca por apresentar embasamento teórico e científico, aplicado a uma nova tecnologia de tratamento virtual. Para desenvolver o bot, os psicólogos se inspiraram no método da terapia cognitivo-comportamental, uma das abordagens clínicas mais utilizadas para lidar com diagnósticos de depressão.

O Woebot, que funciona com base em um software de inteligência artificial, foi testado em uma pesquisa feita com setenta jovens. Todos eles com sintomas da depressão. Os estudantes foram divididos em dois grupos: o primeiro passou duas semanas conversando com o Woebot; e o segundo recebeu um livro sobre a doença, produzido pelo National Institute of Mental Health, dos Estados Unidos.

Ao fim dos 15 dias de pesquisa, o grupo que esteve em contato com o bot relatou conversar no chat todos os dias, além de perceber uma redução significativa nos sintomas depressivos.

De acordo com os pesquisadores, o programa se concentra em discutir situações recentes que tenham acontecido na vida do paciente. Por exemplo, se a pessoa está fazendo aniversário e não é parabenizada pelos amigos, ela reclama ao bot: ‘ninguém gosta de mim’ ou ‘eu sou irrelevante, ninguém lembra do meu aniversário’. O Woebot, neste caso, provavelmente responderia que o que o paciente vê um lado negativo e distorcido da realidade, e que na verdade os amigos gostam dele e se preocupam com ele, e que apenas um ou outro esqueceu da data comemorativa.

Contudo, os pesquisadores ressaltam que a tecnologia não é um método de substituição ao tratamento convencional. Trataria-se apenas de um serviço complementar. Segundo os criadores do novo programa, o maior diferencial seria que o software pode oferecer a alternativa do paciente dizer à uma máquina aquilo que, talvez, não tivesse coragem de contar a uma pessoa.

de VEJA


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