Novo líder da oposição diz que se unirá com Lula para reverter privatizações no Paraná

Estreando como líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado estadual Requião Filho (PT) afirmou que o principal ponto de embate com o governo Ratinho Júnior (PSD) serão as privatizações. “Vamos acabar com as privatizações absurdas, que estavam acontecendo no final do ano passado. Queremos juntos do Governo Federal reverter as privatizações. Queremos cobrar do governador investimentos de verdade aqui no nosso estado. Um pouco mais de ação, um pouco menos de propaganda”, declarou.

O deputado também se posicionou sobre a pauta dos pedágios, que tem sido ponto de atrito entre o governo Lula (PT) e a gestão de Ratinho Júnior (PSC). Enquanto os petistas defendem um pedágio mais barato, sem priorizar grandes obras, o governo do estado apresentou um projeto que prevê grande aporte para duplicação das rodovias que cortam o Paraná, não priorizando as tarifas baixas. Segundo Requião, é melhor um estado “sem pedágio” do que com a proposta do governador.

Requião Filho prometeu ainda liberdade para que os membros da bancada de oposição votem segundo suas convicções, sem deixar de lado a fiscalização do poder Executivo estadual.

“Como líder da oposição vocês podem esperar o mesmo tipo de oposição, combativo, que nós fizemos no ano passado. Não é apenas o não pelo não, uma oposição em que os deputados tenham liberdade para votar com aquilo que eles concordam e expor o que nós discordamos, apontar erros e fiscalizar. Afinal de contas esse é o papel mais importante dessa casa, fiscalizar o Executivo. Vocês podem ter certeza que é nessa linha que a oposição vai trabalhar”.

Com os três novos deputados do PT, Ana Júlia, Doutor Antenor e Renato Freitas, a bancada de oposição cresceu de tamanho, agora com oito parlamentares. Segundo Requião, isso pode garantir que o debate seja ampliado. “Eu ainda acredito que com os novos deputados que estão entrando, a bancada independente também terá um aumento, eu acho que vai ser um novo desafio, vai ser uma Assembleia onde eu espero que o debate seja ampliado. Na legislatura passada o debate foi muito pequeno, muito recolhido, muito tímido, eu diria. Nós queremos acabar com a conurbação [quando o meio é composto por um único núcleo, sem divergências] entre os poderes. A harmonia pode existir, mas a conurbação não”, afirmou.

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