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Norte do Paraná
Postado dia 10/04/2025 às 14:32:45
Deputado denuncia que policiais receberam comida estragada em Cornélio Procópio

O deputado estadual Renato Freitas (PT) denunciou no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que policiais militares de um batalhão de Cornélio Procópio, Norte do Paraná, receberam comida estragada de um supermercado, contratado pela Segurança Pública do Paraná (Sesp) para fornecer alimentos aos agentes. De acordo com a Sesp, o contrato foi suspenso.
A denúncia apresentada pelo deputado aponta que o supermercado teria como proprietária a esposa de um capitão do 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Cornélio Procópio.
O contrato firmado entre a Secretaria da Segurança Pública do Paraná e o supermercado teria sido assinado inicialmente em novembro de 2024, no valor de R$ 340 mil, mas teve um aditivo em fevereiro de 2025, totalizando R$ 1,02 milhão.
“Hudson Teixeira (secretário de Segurança Pública do Paraná) tem que explicar se o mercado da esposa do capitão da PM levou R$ 1 milhão de dinheiro público para entregar comida estragada aos policiais. Isso tem rastro de crime organizado instalado na Secretaria de Segurança Pública do Paraná”, disse Freitas no plenário da Alep.
A Bancada de Oposição na Alep fez um requerimento formal pedindo ao governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), explicações e investigação sobre esse contrato.
Em nota, a Bancada de Oposição “solicita uma apuração transparente, com respostas claras à sociedade e responsabilização, caso as irregularidades se confirmem”.
Sesp abre sindicância para apurar comida estragada e contrato com esposa de capitão
Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná e a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) afirmaram em nota que “abriram sindicâncias para apurar a compra de alimentos pelo 18º Batalhão da Polícia Militar”.
O processo de sindicância contará com o auxílio da Controladoria-Geral do Estado do Paraná (CGE), que envolverão a reunião dos documentos e consulta aos servidores envolvidos.
“A dispensa foi autorizada de maneira emergencial porque ainda está em andamento a contratação de uma empresa para fornecer alimentos a todas as unidades do 2° Comando Regional da Polícia Militar, do qual o 18º Batalhão da Polícia Militar está subordinado”, pontua a SESP e a PM-PR.
A Secretaria e a Polícia Militar ainda apontaram que o processo de dispensa “contou com mapeamento de preços e consulta a mais de um orçamento” e que o “contrato tinha valor máximo de R$ 1 milhão e foi firmado em novembro de 2024, sendo pagos R$ 339 mil nos últimos quatro meses, cerca de 33% do total”.
“A Secretaria da Segurança Pública não compactua com irregularidades e as sindicâncias reforçam o compromisso com a transparência e a correta e justa aplicação dos recursos públicos”, finalizaram as instituições.