Londrina

Postado dia 20/08/2013

Sindicância apura irregularidades em concurso público da saúde

do G1

A Corregedoria-Geral da Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, iniciou uma sindicância para apurar as irregularidades cometidas no concurso público realizado para a contratação de mais de 400 servidores para a área da saúde na cidade. O objetivo é verificar quais foram os erros e os servidores que cometeram as irregularidades. A sindicância foi aberta nesta segunda-feira (19) e tem um prazo de seis meses para concluir o trabalho.

No dia 16 de agosto, a prefeitura anunciou a decisão de cancelar o concurso, após recomendação do Ministério Público (MP), depois de várias denúncias de questões que teriam sido copiadas de outros concursos realizados em outras cidades. Duas provas do concurso, para Enfermeiro Auditor e Fisioterapeuta, já tinham sido anuladas anteriormente. Todas as provas serão remarcadas, ainda sem data definida pela prefeitura.

Mais de 11 mil candidatos realizaram no dia 14 de julho as provas do concurso público da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, que oferecia 432 vagas para diversas categorias. Aproximadamente 13 mil se inscreveram. Além de criar novas vagas, os contratados por meio do concurso substituiriam profissionais temporários, cujos contratos vencem no dia 31 de agosto. Por causa dessa urgência, a própria Prefeitura de Londrina elaborou as provas.

Segundo o corregedor-geral do município, Alexandre Trannin, foram solicitados documentos do concurso e também das investigações realizadas pelo MP.  A sindicância também pretende tomar depoimentos de servidores que participaram da elaboração do concurso e da banca examinadora.

Trannin informou que, após a conclusão da sindicância, será apresentado um relatório final. “Ele poderá indicar o arquivamento da sindicância ou a instauração de um processo disciplinar, apontando as irregularidades e quem as praticou”, explicou o corregedor-geral.

Em caso de punições, segundo o corregedor, o estatuto do servidor municipal prevê a advertência, repreensão ou suspensão de no máximo 30 dias, e uma pena mais grave que é a demissão.

Além da apuração das irregularidades, a intenção da Secretaria Municipal de Saúde é saber se os erros foram intencionais e quem poderia ser beneficiado com isso. Nesses casos, além da perda do emprego, os envolvidos podem ser punidos através de ações cíveis e criminais.

Mais provas plagiadas
A Promotoria do Patrimônio Público do MP descobriu que outras provas contaram com questões copiadas de outros concursos. As investigações apontaram que houve cópia nos concursos para Enfermeiro de Urgência e Emergência, Nutricionista e Médico.

O MP está apurando ainda o vazamento de informações e a denúncia de que uma servidora que ajudou a elaborar as provas também teria prestado o concurso.


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