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Santo Antônio da Platina
Postado dia 26/09/2013
Correios descontam salários de grevistas mas funcionarão normalmente
do NP Diario
Terceirizada oferece quase todos serviços e funciona sem problemas
Os 22 funcionários dos Correios de Santo Antônio da Platina continuam em greve nesta quarta-feira,dia 25,por tempo indeterminado.Eles exigem melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Na cidade, cerca de oito mil objetos(incluindo correspondências) são entregues por dia,de acordo com informações dos grevistas.O outro Correio da cidade é terceirizado e funciona normalmente.
Segundo informou a assessoria de Imprensa dos Correios em Curitiba, por telefone,a franquia platinense está localizada na rua Rui Barbosa(foto) e foi aberta em 1992,contando atualmente com seis funcionários.
O único serviço que a franquia não disponibiliza é o chamado Banco Postal,que oferece serviços para correntistas do Banco do Brasil,como extrato etc.Os outros são exatamente iguais aos Correios que estão em greve,como o de Bandeirantes também.
Os funcionários são contratados pelo franqueado,por isso não são ligados ao sindicato da categoria.
Atualmente os trabalhadores, que são concursados, recebem cerca de R$ 1 mil mensais para a carga horária de oito horas. Ao todo, são 6,7 mil funcionários.
O Diretor do Sindicato dos Correios de Londrina, Valdinei Teodoro,ajuda os manifestantes em Santo Antônio da Platina.
Em Bandeirantes também acontece a greve da categoria.
Os Correios informaram nesta quarta-feira (25) que vão descontar os dias parados dos salários dos funcionários que estão em greve desde o dia 17 de setembro. Segundo a empresa, a legislação prevê que a greve implica na suspensão do contrato de trabalho, mas o momento em que os descontos serão efetuados ainda não foi definido.
O dissídio coletivo dos Correios deverá ser julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), porque não houve acordo entre a empresa e os trabalhadores. Segundo o TST, a empresa pode determinar o desconto dos dias parados antes do julgamento do dissídio, mas a questão deve ser incluída na análise do Tribunal e pode ser alterada pelo TST.
A secretária-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), Anaí Caproni, questiona a decisão da
empresa antes do julgamento do dissídio pelo TST. "Se eles pediram para o TST julgar a greve, como podem tomar a decisão e descontar? Inclusive tem que ver quem deu margem à greve, o Tribunal que tem que julgar isso", avalia.
Segundo a empresa, 92,73% dos empregados (115.426) estão trabalhando normalmente nesta quarta. Entre os empregados da área operacional (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo), o índice de trabalhadores presentes é 91,39%. O número é apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Nas cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Bauru (SP) e nos estados do Rio Grande do Norte e de Rondônia não há paralisação, segundo os Correios.
A representante dos trabalhadores evita falar em percentual de empregados que aderiram à greve, mas garante que a paralisação é muito ampla e atinge setores importantes dos Correios.
A empresa já havia informado que vai pagar até o dia 3 de outubro as diferenças do reajuste de 8%, referentes aos meses de agosto e setembro, aos trabalhadores que fazem parte da base dos sindicatos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Bauru (SP). Além destes, entram na lista Rio Grande do Norte e Rondônia, que assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho, que já foi protocolado pela empresa no TST com pedido de extensão aos demais sindicatos. As vantagens do acordo serão estendidas para todos os funcionários se os demais sindicatos assinarem o acordo até esta quinta-feira,dia 26.