Política

Postado dia 06/01/2015 às 05:55:08

Richa negocia últimos nomes para seu segundo mandato

Richa negocia últimos nomes para seu segundo mandato Sciarra: deputado disputa Casa Civil com Deonilson Roldo e Rossoni (foto: Valquir Aureliano)

O governador Beto Richa (PSDB) deve anunciar hoje os últimos nomes que vão compor sua equipe no segundo mandato, a partir de 1º de janeiro. Richa passou o dia de ontem em conversas com aliados, negociando as indicações. A principal dúvida é sobre a chefia da Casa Civil – cargo que tem papel fundamental, por atuar diretamente no assessoramento do governador e na articulação política da administração. A vaga é disputada por pelo menos três “candidatos”: o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD), o atual chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB).

Sciarra coordenou a campanha de reeleição do governador este ano. Para isso, abriu mão da pretensão de disputar uma cadeira no Senado, ou concorrer à reeleição para a Câmara. E ainda garantiu o apoio do PSD, seu partido, a Richa e é visto como um negociador político habilidoso e discreto. Também tem bom trânsito junto ao Congresso Nacional e mesmo no governo federal, já que o PSD integra a base política da presidente Dilma Rousseff – o que pode ser útil para a atração de recursos e investimentos da União para o Estado. O presidente nacional do partido, ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é cotado para assumir o Ministério das Cidades no segundo mandato da petista.

Deonilson é homem de confiança do governador desde quando Richa ainda era prefeito de Curitiba. E é apontado como um dos principais conselheiros do tucano na administração.

Rossoni cumpriu papel fundamental na condução da votação do pacote de aumento de impostos apresentado por Richa à Assembleia, após a reeleição. Eleito para a Câmara Federal, ele teria interesse em permanecer no Paraná para manter seu espaço político, ao invés de ir para Brasília, onde teria muito mais dificuldade de se destacar em meio a mais de 500 congressistas, e ainda por cima como integrante da oposição.

Além das secretarias, Richa deve definir ainda as diretorias das estatais e autarquias. O atual presidente da Sanepar, Fernando Ghignone, pode ser deslocado para o comando da Copel. Com isso, abriria espaço para a acomodação do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB). Pessuti foi um dos líderes da ala peemedebista que defendia o apoio do partido à reeleição do tucano, derrotada na convenção da legenda que optou pela candidatura própria do senador Roberto Requião ao governo. Na reta final da campanha, apareceu no programa eleitoral de Richa pedindo que os eleitores não votassem em Requião – correndo assim o risco de ser expulso da sigla. O ex-governador chegou a ser convidado para assumir a direção da companhia no início de 2013, quando o tucano ainda sonhava em atrair o PMDB para o seu palanque, mas rejeitou a proposta e acabou sendo nomeado para o cargo de conselheiro da Itaipu Binacional pela presidente Dilma.

Na Cohapar, segundo fontes governistas, o governador pode acomodar o deputado federal Abelardo Lupion (DEM) – que também participou da coordenação da campanha de Richa. Lupion não concorreu à reeleição para a Câmara e estará sem mandato a partir de fevereiro de 2015.

Retorno - Até agora, as principais novidades do secretariado de Richa para o segundo mandato foi a escolha do auditor fiscal Mauro Ricardo Costa para a Secretaria da Fazenda; e o deputado federal Fernando Francischini (SDD) para a Secretaria de Segurança. Além disso, o deputado federal e deputado estadual eleito, Ratinho Júnior (PSC), aceitou convite para retornar à Secretaria de Desenvolvimento Urbano, depois de ser convencido pelo governador a desistir de disputar a presidência da Assembleia Legislativa com o atual líder do governo na Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB).

do Bem Paraná


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