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Postado dia 09/09/2021 às 21:57:27

Das belezas e organização de países da América do Sul

Baseados no PIB (Produto Interno Bruto) e desigualdade social, principalmente, muitos carregam visão distorcida de países da América do Sul. Em verdade, há muitas cidades e lugares lindos e organizados em Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.

Pessoa me perguntou: "o que você está fazendo aí, em um país bem mais pobre que o Brasil?". Indagação aquela que necessita de melhor raciocínio.

Em termos de montante de riquezas produzidas ao longo do ano, o que se convencionou chamar PIB, calcula-se que o Brasil ocupa hoje a 12° posição. Isso não significa que o país esteja entre a dezena e pouca de melhores nações do mundo para se viver.

Da mesma forma, até em função de população consideravelmente menor, não representa, de plano, que pessoas terão melhor qualidade de vida em Brasil que nas referidas nações ligadas ao Mercosul.

Para quem tem dinheiro, encontra-se semelhante experiência em em La Paz e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Bogotá e Medellin (Colômbia), e Gyayaquil e Quito (Equador) e Lima (Peru).

Já população menos favorecida habita, por exemplo, em Cobija e Riberalta, cuja estrada não tem asfalto até a capital La Paz. Sofrimento semelhante de quem segue em ônibus, no atoladeiro, entre Porto Velho e Manaus, no norte do Brasil.

Ainda em Colômbia, no departamento de Chocó, formado majoritariamente por negros, localidades como Rio Súcio e a capital Quibdo, há carência de infraestrutura urbana, falta presença do Estado, violência impresa e grupos armados organizados fazem a festa.

Pela catacterística desértica de seu território, encontra-se milhares de casa de estrutura mínima, ao longo da rodovia panamericana, que corta o Peru, de norte a sul. Bem diferente da pujança observada na capital Lima, em regiões mais afluentes.

Nos mencionados países, percebe-se claramente a desigualdade de políticas públicas de desenvolvimento do território. Enquanto em Medellin, destaque em economia criativa - voltada à inovação -, existe preocupação acentuada com áreas verdes, espaços de convivência cidadã, muitas bibliotecas públicas, intervenção frequente em infraestrutura urbana, carece ainda de asfalto em rodovias que ligam Rio Súcio, em Chocó, e, assim como em ruas daquela cidade. Situação ainda mais complicada com a ligação até a capital daquele departamento, Quibdo, entre regiões de floresta e rio Atrato.

Ainda na capital "paisa", Medellin, seguindo de "metro", na superfície e do alto de pilastras de concreto, tem-se a impressão de estar viajando por algum país europeu. Experiência semelhante em Bogotá, com suas imensas estações da Transmilenio, versão ampliada das "estações-tubo" de Curitiba, com ônibus-sanfona ("ligeirinho"), e temperaturas mais frias, que também faz lembrar a capital paranaense.

Conclui-se então que, quem tem dinheiro e atividade bem remunerada, possui condições de viver bem tanto no Brasil quanto em Bolívia, Colômbia, Equador e Peru: áreas verdes, espaço para ciclovia, quadras esportivas perto de casa, bem próximo ao shopping center, posto da polícia e vigilância privada ao alcance dos olhos, acesso à educação e saúde, logradouros públicos limpos e bem cuidados, bons restaurantes, qualidade de vida, entre outros.


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